O primeiro-ministro polonês, Mateusz Morawiecki, afirmou que a Rússia poderá atacar a Ucrânia assim que o gasoduto russo Nord Stream 2 (Corrente do Norte 2) for finalizado, escreve a agência de notícias PAP.
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Assim que o sistema de transporte de gás ucraniano deixar de ter "um papel tão importante para a Rússia", pode se iniciar uma "escalada da agressão" contra Kiev, de acordo com o premiê. Além disso, ele destaca que, na Polônia, ninguém acredita que o gasoduto seja apenas um projeto de negócios.
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Morawiecki alega que a Rússia investe o dinheiro obtido com a venda de gás para a Europa na modernização de suas Forças Armadas, metaforizando as palavras de Vladimir Lenin (líder bolchevique), que disse que os capitalistas são tão gananciosos que "nos venderão a corda com a qual serão enforcados".
Recentemente, foi informado que Washington e Kiev concordaram em trabalhar juntos contra o gasoduto russo. Dessa forma, os EUA buscam se beneficiar com esse setor e tentam promover os fornecimentos de seu gás natural liquefeito para a Europa.
O projeto Nord Stream 2 prevê a instalação de um gasoduto a partir da costa norte da Rússia, através do mar Báltico, até a Alemanha, com uma capacidade de 55 bilhões de metros cúbicos de gás por ano.
As autoridades da Rússia e da Alemanha declaram que o objetivo do projeto é fortalecer a segurança energética da Europa no contexto do crescente consumo de gás.
A chanceler alemã Angela Merkel, por sua vez, enfatizou repetidas vezes que Berlim considera o Nord Stream 2 como um projeto comercial, mas ao mesmo tempo vincula sua implementação à preservação do trânsito de gás russo pela Ucrânia. O lado russo também afirmou repetidamente que o gasoduto é um projeto exclusivamente comercial, que é competitivo e não implica a interrupção do trânsito de gás russo para a UE através de Kiev.
Já as autoridades da Ucrânia, Polônia e Lituânia demonstram preocupações quanto à construção do gasoduto e afirmam que este será usado como ferramenta política.