Um avião de patrulha P-8A Poseidon da Marinha dos EUA realizou um voo de reconhecimento no estreito de Kerch, que liga o mar Negro e o mar de Azov, informou previamente a mídia.
Sputnik
O P-8A Poseidon sobrevoou o estreito de Kerch e a península da Crimeia em 6 de novembro, segundo relatou o serviço de monitoramento Plane Radar em sua conta no Twitter.
Boeing P-8A Poseidon © Sputnik / Aleksei Kudenko |
O cientista político Oleg Glazunov expressou sua opinião, em entrevista ao serviço russo da Rádio Sputnik, sobre esses voos, que remontam à prática adotada na época da Guerra Fria e apenas agravam a situação.
"Se levarmos em conta nossas relações com os Estados Unidos, esses voos, naturalmente, são para fins de reconhecimento. Seu principal objetivo é identificar as unidades de defesa, o nível de proteção e os sistemas de defesa antiaérea. Essa inteligência está entre as melhores tradições da época da Guerra Fria", comentou Glazunov.
Segundo o analista, a política do presidente norte-americano Donald Trump é completamente imprevisível: vai desde a reaproximação com a Rússia até ao confronto completo.
"Isso agrava muito a situação. Nenhum país gosta que tais missões de reconhecimento sejam conduzidas em suas fronteiras, o que geralmente acontece antes de um ataque. Por exemplo, nós não realizamos voos de reconhecimento sobre o território dos Estados Unidos. Somos um país pacífico, mas, dos EUA, podemos esperar qualquer coisa", concluiu.