O Serviço Federal de Segurança comunicou neste domingo (25), que dois navios militares da Marinha ucraniana partiram do porto de Berdyansk para o local do incidente nas águas territoriais russas.
Sputnik
Anteriormente, três embarcações militares da Marinha ucraniana violaram a fronteira nacional da Rússia, ao entrarem nas águas territoriais russas. Por sua vez, a Rússia enviou ao encontro das embarcações ucranianas vários navios da guarda de fronteiras. Um deles se chocou com um rebocador ucraniano, tendo lhe causado sérios danos.
Navio de artilharia blindado da classe Gyurza da Marinha da Ucrânia | Reprodução |
"Hoje às 11h30 (às 6h30 do mesmo dia em Brasília), o Serviço Federal de Segurança russo registrou a saída do porto de Berdyansk de dois navios de artilharia blindados da classe Gyurza. No momento, estes estão seguindo a grande velocidade em direção ao estreito de Kerch, para o lugar da provocação organizada pelo lado ucraniano", assinalou.
O serviço acrescentou que o serviço de guarda costeira está tomando todas as medidas necessárias "para frustrar esta provocação".
O Serviço Federal de Segurança acrescentou que as autoridades ucranianas deveriam pensar melhor nas consequências das decisões que tomam.
"As autoridades de Kiev que tomam tais decisões perigosas e irresponsáveis, deveriam pensar nas consequências de suas ações".
De acordo com a Marinha ucraniana, Kiev tinha avisado sobre a passagem dos seus navios com antecedência, em conformidade com as regras internacionais. Entretanto, o serviço russo apontou que não tinha recebido nenhuma solicitação do lado ucraniano, tendo que as embarcações da Marinha da Ucrânia não haviam sido incluídas da ordem de passagem. Além disso, os navios ucranianos estavam manobrando de forma perigosa, ignorando as exigências das autoridades russas, acrescentou.
Depois do incidente, a Rússia fechou temporariamente o estreito de Kerch para a passagem de embarcações civis.
Nesta quarta-feira (21), o Ministério das Relações Exteriores russo advertiu a Ucrânia quanto às tentativas de revisar o estatuto do mar de Azov como mar interno dos dois países.
O ministério frisou que a responsabilidade por um possível agravamento da situação relativamente a esta questão recai sobre o lado ucraniano, bem como sobre os países que o apoiam.