Em setembro, dois membros dos serviços de informações militares russos e um ativista do grupo contestatária Pussy Riot foram vítimas de possíveis envenenamentos.
Diário de Notícias
O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, admitiu numa entrevista transmitida no domingo que o Presidente russo Vladimir Putin está "provavelmente" envolvido em assassínios e envenenamentos.
Donald Trump © REUTERS/Joshua Roberts |
Confrontada pela jornalista do programa "60 minutos" da cadeia norte-americana CBS News, Donald Trump acrescentou que "é claro que eles [os russos] não o deveriam ter feito". "Mas eu confio neles, não é no nosso país", acrescentou.
"Eu acho que sou muito duro com ele [Putin] pessoalmente", sublinhou Trump, referindo-se à polémica cimeira com o líder russo, após a qual foi muito criticado nos Estados Unidos por ter sido brando na sua abordagem política e pessoal com o líder russo, sobretudo nas alegadas interferências da Rússia nas eleições norte-americanas de 2016.
Recorde-se que as autoridades britânicas anunciaram no princípio de setembro que os dois suspeitos do envenenamento de Sergei Skripal, 66 anos, e a filha Yulia, 33, com recurso a um agente neurotóxico militar 'novichok' são membros dos serviços de informações militares russos (GRU).
A Rússia assegurou que os dois homens eram civis, em turismo no Reino Unido.
A investigação sobre o ataque aos Skripal foi alargada ao envenenamento mortal, em julho, da britânica Dawn Sturgess, de 44 anos, na localidade vizinha de Amesbury, também devido aos efeitos da substância química novichok.
No final de setembro, Piotr Verzilov, ativista russo da banda contestatária Pussy Riot, foi vítima de um possível envenenamento, que atribui aos serviços secretos russos.