Os terroristas do Daesh (grupo terrorista proibido na Rússia e em vários outros países) capturaram na Síria cerca de 700 reféns dos EUA e de países europeus, e enviaram um ultimato prometendo que atirarão em mais vítimas, disse o presidente da Rússia, Vladimir Putin.
Sputnik
"De acordo com nossos dados, vários cidadãos dos Estados Unidos e de países europeus foram feitos reféns. Todos estão em silêncio, um silêncio como se nada estivesse acontecendo", disse Putin na sessão do Clube Valdai de Discussões Internacionais nesta quinta-feira (18), respondendo a perguntas dos participantes.
Militares sírios se preparam para cruzar o Eufrates, próximo a Deir ez-Zor © Sputnik / Mikhail Alayeddin |
Não há informações concretas sobre os acontecimentos nas margens do Eufrates, que está sob o patrocínio dos EUA, onde ainda há forças do grupo terrorista Daesh.
Os militantes, que apreenderam cerca de 700 reféns na Síria, emitiram um ultimato prometendo exterminar de 10 em 10 pessoas e anteontem (16) já mataram os primeiros, declarou o presidente russo.
"Sim, ainda há muitos problemas lá. Agora vemos o que está acontecendo na margem esquerda do Eufrates […] Este território está sob o patrocínio de nossos parceiros americanos, e eles operam na região as formações armadas curdas", relatou o líder russo.
Ele também disse que os terroristas do Daesh começaram recentemente a expandir sua presença na área, pegando 130 famílias como reféns, totalizando cerca de 700 pessoas.
"Provavelmente, poucas pessoas que estão sentadas aqui sabem que eles [terroristas] deram ultimatos, exigências precisas e já avisaram que se os ultimatos não forem cumpridos, então eles vão executar 10 pessoas diariamente. Anteontem, dez pessoas foram executadas."
O presidente explica que eles começaram a executar as ameaças que estavam fazendo e que isso é um desastre.
Uma fonte diplomática-militar informou à Sputnik que os terroristas estão exigindo que os curdos libertem imediatamente todos seus aderentes e pedem a transferência de novos territórios no leste do Eufrates.