É pouco provável que haja um agravamento da situação em Donbass depois da diretiva do presidente ucraniano, Pyotr Poroshenko, de abrir fogo, pois para isso é necessário um "aceno" por parte de Washington, acredita um especialista consultado pela Sputnik.
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Mais cedo, o líder do país assistiu às manobras militares Chistoe Nebo (Céu Limpo, em russo) na região de Khmelnitsky e ordenou às forças de segurança para abrirem fogo caso isso seja necessário para "salvar vidas humanas", acrescentando que era preciso "proteger cada militar ucraniano".
Pyotr Poroshenko © AFP 2018 / PATRIK STOLLARZ |
"É uma retórica pré-eleitoral por parte dele. Não haverá agravamento nenhum sem um aceno dos patronos de Washington, enquanto eles, como já repararam, não estão dispostos a isso. Não haverá nenhuma ofensiva real. Incidentes, talvez", disse Sergei Panteleev, diretor do Instituto do Estrangeiro Russo durante uma discussão sobre o tema.
Na opinião do especialista, as forças de segurança ucranianas, exceto os "batalhões punitivos", não estão muito ansiosas por atacar.
Enquanto isso, Poroshenko tenta aumentar sua popularidade através de declarações de caráter bélico, explicou.
Em abril de 2014, as autoridades ucranianas começaram uma operação militar contra as repúblicas autoproclamadas de Lugansk e Donetsk, que tinham proclamado a independência após o golpe de Estado que abalou a Ucrânia em fevereiro de 2014. Segundo os dados da ONU mais recentes, o conflito já levou mais de 10 mil vidas.