A oposição síria considera possível a presença militar de forças estrangeiras em seu país, desde que não prejudique os interesses do povo, disse à Sputnik o chefe da Comissão de Negociações da Síria, Naser Hariri.
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Hariri chegou a Moscou para se reunir nesta sexta-feira com o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov.
Ação humanitária da Rússia para a Síria © Sputnik / Mihail Voskresensky |
"As forças estrangeiras que desembarcaram recentemente não deveriam estar na Síria, mas respeitaremos todos os documentos e pactos internacionais relativos aos países ligados à Síria e que não prejudiquem o povo sírio", disse Hariri ao responder uma pergunta sobre a presença militar russa em seu país.
Ele ressaltou que a oposição síria não vê nenhum problema nos acordos com a Rússia, desde que atendam aos interesses do povo sírio.
As tropas russas atuam no território do país árabe no âmbito de um acordo bilateral com a Damasco. A Rússia administra a base aérea de Hmeymim, na província de Latakia e o porto de Tartus, para onde pode enviar reforços, se considerar necessário.
Por outro lado, a coalizão internacional liderada pelos EUA, realiza ataques aéreos contra terroristas na Síria desde 2014, sem o consentimento das autoridades do país árabe.
Os EUA possuem uma base militar no sul da cidade de Al Tanaf onde treina "forças aliadas" da oposição armada para "combater o terrorismo".
Rússia, Irã e Turquia também já se manifestaram diversas vezes contra a presença militar dos Estados Unidos na Síria.