A delegação da Marinha do Brasil que, esta semana, assistiu a mostra Euronaval, na França, foi informada de que a Marine Nationale decidiu não modernizar duas das suas cinco fragatas multipropósito tipo La Fayette, de 3.600 toneladas (a plena carga), construídas na década de 1990.
Roberto Lopes | Poder Naval
Em consequência disso, ambos os navios – La Fayette F710 (na ativa desde março de 1996) e Surcouf F711 (comissionada em fevereiro de 1997) – serão disponibilizados para “nações amigas” no início da próxima década.
A fragata furtiva Lafayette |
Os mesmos oficiais da MB confirmaram que as fragatas Tipo 23 britânicas, de 4.900 toneladas (carregadas), começam a ser descomissionadas em 2023, e que as fragatas canadenses classe Halifax, de 4.770 toneladas – que também interessam à Força Naval brasileira –, serão desativadas a partir de 2026.
O Poder Naval não conseguiu saber (ainda) se, em função da propalada “parceria estratégica” entre as Marinhas do Brasil e da França, a MB tem alguma chance de ficar com os dois navios La Fayette. Mas é provável que os oficiais brasileiros já tenham feito chegar o seu interesse pelos navios às autoridades navais francesas (que, aliás, estão, há tempos, bem informadas acerca do estado de obsolescência da atual frota de escoltas do Brasil).
Ainda no ano passado, o Comandante da MB, almirante de esquadra Eduardo Leal Ferreira, recebeu um relatório (assinado por um Engenheiro Naval de sua particular confiança), informando que, mesmo submetidas a uma revitalização, as três fragatas Classe Niterói em melhor estado operacional (Defensora, Independência e Liberal) não poderão continuar navegando depois de 2027 – e que os três navios dessa série que hoje apresentam maiores problemas, precisarão ser desativados por volta de 2022.
Camuflagem acústica
Por seu design furtivo, baixa assinatura-radar (em função do uso de materiais que absorvem ondas de radar), e sistema de camuflagem acústica para enganar os sonares inimigos, os navios classe “La Fayette” constituíram, 25 anos atrás, uma verdadeira revolução na Força de Superfície da Esquadra francesa.
A modernização das unidades Courbet, Aconit e Guépratte foi anunciada em maio de 2015 e aprovada pelo governo Emmanuel Macron dois anos mais tarde.
O primeiro barco deve ficar pronto em 2021. Ele receberá reforços estruturais, ampla modernização nos controles da propulsão e novos armamentos.
A modernização das unidades Courbet, Aconit e Guépratte foi anunciada em maio de 2015 e aprovada pelo governo Emmanuel Macron dois anos mais tarde.
O primeiro barco deve ficar pronto em 2021. Ele receberá reforços estruturais, ampla modernização nos controles da propulsão e novos armamentos.