À exceção da Polônia e dos países bálticos, nenhum membro da OTAN vê sinais de que Moscou esteja planejando um ataque convencional, relata a revista alemã Die Welt.
Sputnik
O autor do artigo, Christoph Schiltz, expressa suas dúvidas em relação à necessidade dos exercícios da Aliança na Noruega.
CC BY-SA 2.0 / Defence Images / 539 Assault Squadron performing a beach assault |
A Aliança acredita que a ameaça da chamada guerra híbrida é "muito mais provável", com o uso de "armas cibernéticas, desinformação e instigadores".
Assim, o autor do artigo questiona: "Para quê então esta brincadeira na Noruega com a participação de 50 mil soldados e 10 mil unidades de equipamento?".
A OTAN compreende que, "no caso de uma ameaça de conflito real, as possibilidades serão limitadas", observa o autor.
"Isso se refere à infraestrutura, veículos, capacidades militares no ar e no mar, assim como à transferência de grandes unidades militares para o Leste. E aqui já nasce uma pergunta: tais manobras de grande escala ainda são relevantes hoje em dia?", pergunta Schiltz.
As manobras conjuntas da OTAN Trident Juncture começaram na Noruega em 25 de outubro e terminarão em 7 de novembro, envolvendo cerca de 50 mil soldados, 250 aeronaves e 65 embarcações de 31 países. O número de militares dos países do norte da Europa atinge mais de 13 mil efetivos, entre os quais cerca de 2 mil soldados da Suécia.
O Ministério das Relações Exteriores da Rússia, comentando os planos da Aliança, declarou que esses exercícios têm uma "clara" orientação antirrussa, e que a participação da Finlândia e da Suécia nas manobras leva a uma degradação da situação na região.