O Pentágono ordenou cessar todos os voos de caças F-35 por causa de um possível defeito técnico. O especialista militar Yuri Zverev comentou ao serviço russo da Rádio Sputnik que esse projeto se tornou uma tarefa demasiado difícil para os norte-americanos.
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O Pentágono ordenou a suspensão de todos os voos dos caças de quinta geração F-35, comunicou a entidade miliar dos EUA.
F-35 Lightining II | CCO |
Segundo a opinião de especialistas, no sistema de combustível dos caças pode haver um defeito. No caso de se detectar a peça defeituosa, ela será substituída. Além disso, todos os caças F-35 que estão no serviço nos EUA e noutros países serão examinados.
"É de esperar que o exame seja concluído no prazo de 24 a 48 horas", acrescentaram os representantes do Pentágono.
Essa decisão foi tomada depois da primeira queda de um avião F-35B do Corpo de Fuzileiros dos EUA, acontecida em 28 de setembro no estado da Carolina do Sul. O piloto conseguiu se catapultar com sucesso.
O especialista militar e professor universitário Yuri Zverev comentou ao serviço russo da Rádio Sputnik essa decisão do Pentágono.
"Primeiro, em 27 de setembro, teve lugar a estreia em combate do F-35 no Afeganistão, que foi recebida demasiado ceticamente nos EUA, visto que o avião é muito caro, mas foi usado contra guerrilheiros mal armados. É como matar pardais com um canhão. No dia seguinte, na base de Beaufort, na Carolina do Sul, caiu um avião do mesmo tipo", comentou Yuri Zverev.
Para ele, como medida de precaução os EUA decidiram cessar os voos não só do F-35B, mas também do F-35A e do F-35C, ou seja, de todas as três modificações. O especialista opina que essa epopeia já dura infinitamente, o projeto F-35 se tornou uma tarefa demasiado difícil para os norte-americanos.
"Os EUA começaram um negócio impossível: elaborar um caça furtivo de quinta geração, além disso, único para a Marinha, Força Aérea e Corpo de Fuzieiros", declarou o especialista.
Ele acrescentou que os EUA já tentaram criar um avião único na década de 60, mas apenas para a Marinha e Força Aérea — o F-111. Naquela época a tentativa fracassou e isso se repetiu agora mais uma vez.
Para o Pentágono, o programa de criação do Lockheed Martin F-35 Lightning II acabou sendo o mais caro na história da produção de armas, custando cerca um trilhão e meio de dólares.