Caso na Europa surja uma guerra de grande escala, os militares estadunidenses mal conseguiriam alcançar a zona de conflito, escreve o jornal Defense News.
Sputnik
O autor do artigo, David Larter, sublinha que os EUA já começaram a se preparar para possíveis combates no Velho Continente, onde permanece a "ameaça russa".
Porta-aviões norte-americano USS Carl Vinson © REUTERS / Sean M. Castellano/Courtesy U.S. Navy |
"Mas se a guerra for desencadeada amanhã, os militares dos EUA terão grandes dificuldades em transportar seus tanques, armas pesadas e equipamento", diz a edição.
Segundo o Defense News, hoje em dia os Estados Unidos têm muito menos navios para transportar armas do que na época da Segunda Guerra Mundial. Ao mesmo tempo, GAO, o escritório de contabilidade do Congresso dos EUA, relatou um aumento constante de falhas no equipamento.
Todos os 46 navios da Força de Reserva de Prontidão são velhos e estão se aproximando do fim de seu serviço. Além disso, a Marinha dos EUA tem problemas com o pessoal: os jovens engenheiros não sabem trabalhar com os velhos motores de propulsão a vapor, enquanto os engenheiros sêniores em breve serão aposentados.
Mesmo que consigam deslocar seu contingente à Europa, opina o autor, os EUA enfrentarão outro grande desafio — como sustentar os militares.
"A redução da capacidade de intervenção rápida tem causado alarme em Washington, pois a estrutura de segurança nacional enfrenta a ameaça dupla da China e da Rússia", relata a matéria.
Segundo o capitão aposentado da Marinha dos EUA, Jerry Hendrix, o país "leva a sério" a competição com as grandes potências na área militar. Neste caso, o transporte de material bélico é hoje um "problema estratégico crescente".
"Não temos a capacidade de competir com grandes potências se não tivermos uma força de apoio: trens e navios de logística, dos quais precisamos para sustentar operações de tal escala", concluiu Hendrix.