Os conselheiros militares do Irã continuarão na Síria enquanto Teerã considerar sua presença "eficaz e útil" e em conformidade com as demandas de Damasco, informou o porta-voz do Corpo de Guardiões da Revolução Islâmica do Irã, brigadeiro-general Ramezan Sharif.
Sputnik
Em uma entrevista ao canal iraniano Press TV, Sharif declarou que, desde o início da crise síria, Teerã tem respeitado as normas internacionais ao apoiar o governo da Síria.
Militares iranianos © REUTERS / MORTEZA NIKOUBAZL |
"Esta crise fabricada foi levada do exterior para instigar a insegurança na Síria e criar uma margem de segurança para o regime israelense", afirmou ele.
Sharif sublinhou também que Israel engana todo o mundo quando se refere ao Irã e acusou Tel Aviv de atuar como "manequim político" na vitrine dos EUA.
Em setembro, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou que o governo iraniano possuiria um armazém secreto no qual levava adiante o seu programa nuclear, apesar das promessas de transparência feitas no acordo nuclear firmado em 2015.
O chanceler do Irã, Mohammad Javad Zarif, por sua vez, declarou que “Israel é o único regime na região com um programa de armas nucleares secreto e não declarado, incluindo o atual arsenal atômico”.
As tensões entre Israel e o Irã têm aumentado recentemente, com Tel Aviv acusando Teerã de ser aliado de Damasco e de tentar aumentar sua presença militar na Síria. O Irã tem negado repetidamente a presença de suas tropas na Síria, afirmando que apenas enviou seus conselheiros militares para ajudarem o governo sírio no combate aos terroristas.