A Força Aérea de Israel bombardeou cerca de 20 alvos na Faixa de Gaza em resposta ao lançamento de mísseis contra a cidade israelense de Be'er Sheva por militantes palestinos, informou o exército.
Sputnik
"Em resposta aos mísseis lançados desde Gaza contra Israel esta noite, aviões de combate das FDI começaram a atacar alvos terroristas em Gaza", diz uma postagem das Forças de Defesa de Israel publicada no Twitter.
Ataque israelense a Gaza | Reprodução Twitter |
Segundo o representante do Exército israelense, Jonathan Konrikus, a aviação atacou cerca de 20 alvos na Faixa de Gaza "que tinham sem dúvida um caráter militar", nomeadamente um túnel subterrâneo e instalações para produzir armas.
Israel também afirmou que seu ataque aéreo impediu a tentativa de lançar mais um foguete pelos palestinos em direção à cidade israelense de Ashkelon. O ataque israelense resultou na morte de um palestino, de acordo com médicos na Faixa de Gaza.
Anteriormente, os militares israelenses informaram que as sirenes na cidade de Be'er Sheva tinham sido ativadas, obrigando os seus habitantes a se esconder em refúgios antiaéreos às quatro da madrugada, após o lançamento de um foguete desde Gaza.
A polícia comunicou que um projétil atingiu um prédio residencial sem causar vítimas, enquanto o segundo caiu no mar Mediterrâneo, perto da área metropolitana de Gush Dan da capital, a mais populosa de Israel.
Quanto ao impacto da represália aérea israelense, por enquanto não há informações sobre vítimas entre os palestinos.
Esta foi a primeira troca de ataques deste tipo entre as partes do conflito nos últimos dois meses e a quinta desde o início do ano.
Desde o fim de março, os palestinos na faixa de Gaza estão levando a cabo a Grande Marcha de Retorno, reivindicando seu direito de regressar às terras de onde foram expulsos, o que regularmente resulta em confrontos sangrentos com militares israelenses. Desde o fim de maio, militantes palestinos e exército israelense trocaram quatro ataques de foguetes e mísseis, tendo a escalação sido reduzida graças ao Egito e à ONU, que estão elaborando um projeto do acordo de trégua.
Ultimamente, o ministro da Defesa de Israel, Avigdor Lieberman e o premiê, Benjamin Netanyahu, têm falado sobre a necessidade de infligir "golpes fortes" ao movimento islamista palestino Hamas que controla a faixa de Gaza, para que este pare com suas atividades agressivas na fronteira.