Em novo esforço, FAB tenta vender 11 das 12 aeronaves de combate desativadas em 2013
Thiago Vinholes | Airway
A Força Aérea Brasileira (FAB), por meio da Comissão Aeronáutica Brasileira em Washington (CABW), lançou neste mês um novo anúncio para tentar vender 11 dos 12 caças Dassault Mirage 2000 desativados em dezembro de 2013. Esse é o segundo esforço da Aeronáutica nesse sentido, que tenta se desfazer de parte das aeronaves desde 2016.
Mirage 2000 |
No primeiro anúncio, publicado em abril de 2016 pela Comissão Brasileira de Aeronáutica na Europa (BACE), a FAB pretendia vender apenas oito aeronaves, mas nenhum lance foi realizado. Na época, o porta-voz da força aérea declarou ao Airway que quatro caças seriam preservados, número agora reduzido para apenas um exemplar.
Dos aviões anunciados, oito estão estacionados na Ala 1, em Brasília (DF), e três na Ala 2, em Anápolis (GO). A oferta inclui nove Mirage 2000C, com apenas um assento, e dois Mirage 2000B, de assento duplo. De acordo com a FAB, as aeronaves não estão em condições de voo.
Segundo o edital do CABW, qualquer pessoa física ou jurídica, desde que cumpra todos os requisitos presentes no regulamento, pode efetuar lances pelas aeronaves. Ou seja, qualquer pessoa pode ser dono de um Mirage 2000. A venda das aeronaves também depende da aprovação do governo da França. Interessados devem enviar suas propostas até 6 de novembro.
O lote de 11 aeronaves é avaliado em US$ 508,6 mil, sendo a mais barata (modelo FAB 4944) disponível por US$ 7.327,61 e a mais cara (FAB 4933) por US$ 62.635,12.
O Mirage 2000 é até hoje o avião mais potente que já voou com a FAB, entre 2005 e 2013. Os caças franceses usados no Brasil podiam voar a mais de 2.500 km/h, mais de duas vezes a velocidade do som.