O Comando da Marinha anunciará, possivelmente na semana que vem, o adiamento, para março de 2019, da decisão sobre o consórcio que construirá os escoltas da Classe Tamandaré.
Roberto Lopes | Poder Naval
Quatro associações empresariais, lideradas por indústrias navais da Holanda (Damen), Alemanha (TKMS), Itália (Fincantieri) e França (Naval Group), foram selecionadas (entre nove conjuntos de empresas interessados) para integrar um short list.
Projeto da corveta classe Tamandaré do CPN |
O motivo do adiamento se deve à inauguração de um novo governo, em janeiro, e à conveniência de que se permita ao presidente eleito e ao seu ministro da Defesa opinarem sobre o assunto.
Não há previsão de alterações na short list.
A nova fase de análises vai priorizar o exame de preços e condições de financiamento, além de itens como prazo de entrega, condições de navegabilidade das embarcações propostas, sua autonomia e capacidade de receber armamento.
Todos os consórcios deverão apresentar uma última oferta melhorada das suas propostas originais, a chamada Best and Final Offer (BAFO).
Com o anúncio do adiamento será divulgado também o novo cronograma que irá reger a fase final do Programa da Classe Tamandaré.
Navios suecos
Em razão dessa novidade, o final do ano de 2018 irá se resumir, para a Marinha, à expectativa do lançamento ao mar do submarino classe Scorpène SBR-1, batizado de Riachuelo – evento programado para 14 de dezembro –, e à liberação da verba que se encontra contingenciada e se destina à compra de dois navios suecos usados de contra-medidas de minagem.
Os dois barcos serão modernizados na Suécia e custarão à Marinha a quantia de 230 milhões de dólares. A chegada dessas unidades ao Brasil está prevista para o ano de 2021.
Os dois barcos serão modernizados na Suécia e custarão à Marinha a quantia de 230 milhões de dólares. A chegada dessas unidades ao Brasil está prevista para o ano de 2021.