A Rússia e Bielorrússia poderiam dar passos conjuntos em resposta aos planos da Polônia e dos EUA de posicionar uma base militar permanente cerca das fronteiras da União de Estados (da Rússia e Bielorrússia), declarou à Sputnik o especialista bielorrusso Pyotr Petrovsky.
Sputnik
No domingo (21), em entrevista a uma televisão bielorrussa, o embaixador da Rússia no país, Mikhail Babich, afirmou que qualquer agressão ao território bielorrusso será considerada uma agressão direta à própria Rússia.
Mil Mi-8 da Força Aérea da Bielorrússia © Sputnik / Viktor Tolochko |
Pyotr Petrovsky opina que a declaração de Babich pode ser considerada como uma confirmação de que a Rússia está pronta a cumprir suas obrigações no âmbito da União de Estados.
"Nós podemos falar que hoje já estão sendo elaboradas as possíveis medidas de resposta que contribuirão para manutenção da paridade político-militar das forças na região e para o impedimento do domínio de uma só força político-militar", comunicou Pyotr Petrovsky.
Segundo ele, isso "poderia ser um aumento da presença militar da Bielorrússia ao longo da fronteira polonesa-bielorrussa, bem como a criação de bases militares conjuntas russo- bielorrussas", o que não traria vantagens à iniciativa estratégica dos países da OTAN, particularmente, da Polônia e dos EUA.
O analista crê que as ações da Polônia e dos EUA "alteram completamente o equilíbrio das forças na região". Varsóvia e seu aliado de fato estão desencadeando uma corrida armamentista, militarizando o Leste da Europa e alterando o balanço de forças em direções estratégicas, antes de mais entre a Bielorrússia e a região de Kaliningrado.
Anteriormente, o presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou após reunir-se com o presidente da Polônia, Andrzej Duda, que seu governo considera o estabelecimento de uma base militar permanente em território polonês e que Varsóvia está disposta a pagar "bilhões de dólares" por essa instalação.