As nações da OTAN planejam realizar exercícios para testar suas capacidades cibernéticas, parte integrante de qualquer operação militar moderna, disse o secretário-geral da OTAN, Jens Stoltenberg, nesta quarta-feira, sem fornecer mais detalhes.
Sputnik
"O cyber [ciberespaço] é parte integrante de qualquer operação militar hoje. E, é claro, vamos exercitar o cyber — exatamente que tipo de capacidade cibernética vamos exercitar, acho que não vou entrar nisso agora", declarou Stoltenberg em uma coletiva.
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Ele também lembrou que a OTAN havia "decidido integrar o que chamamos de efeitos cibernéticos nacionais — também é chamado de cyber ofensivo — em missões e operações" da aliança.
"É claro que usaremos esses efeitos cibernéticos nacionais em conformidade com o direito internacional, mas também precisamos dessas capacidades no ambiente de segurança moderno e mais exigente", destacou Stoltenberg.
Na Cúpula de Bruxelas de julho de 2018, os líderes da OTAN concordaram em criar um Centro de Operações do Ciberespaço como parte da estrutura de comando fortalecida da OTAN. Eles também concordaram em integrar as capacidades cibernéticas nacionais nas missões e operações da OTAN.
Em 17 de setembro, Stoltenberg afirmou em uma entrevista ao portal de notícias Axios que o bloco poderia invocar o artigo 5º sobre defesa coletiva no caso de um ataque cibernético realizado pela Rússia.
As declarações foram feitas depois que Londres e Amsterdã alegaram que a inteligência militar russa havia tentado realizar ataques a instituições políticas e meios de comunicação no Reino Unido e na Organização para a Proibição de Armas Químicas (OPAQ), de Haia. A Rússia refutou fortemente as alegações e acusou o Ocidente de uma espantosa mania de espionagem.