Recentemente, foi informado que uma terceira divisão do sistema de mísseis russo S-400 Triumph entrou em serviço na cidade de Eupatória, na Crimeia. Um cientista político falou com a Sputnik para explicar o significado do evento no contexto da defesa das fronteiras aérea russas.
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As primeiras duas divisões entraram em serviço em janeiro de 2017, na cidade de Teodósia, e em janeiro de 2018, em Sevastopol.
S-400 Triumph © Sputnik / Grigory Sysoev |
Mais cedo, uma fonte militar informou a Sputnik que as autoridades locais planejam introduzir mais uma, a 4ª divisão do mesmo sistema de defesa antiaérea no território da península.
Ao falar com o serviço russo da Rádio Sputnik, o cientista político e professor da ciência política comparativa da Universidade Russa da Amizade dos Povos, Yuri Pochta, explicou a razão de as autoridades russas se preocuparem cada vez mais com a proteção das fronteiras aéreas da Crimeia.
"A instalação de mais uma divisão dos S-400 [na Crimeia] significa que o espaço aéreo da Crimeia, especialmente do lado do mar Negro, passa a ser controlado a partir de agora. A Crimeia não é apenas uma parte do território russo. A Crimeia passou a ser uma parte integrante do complexo de defesa da Federação da Rússia", detalhou.
De acordo com Pochta, tais armamentos "se tornam muito importantes e atuais hoje em dia".
"Nossas tropas recebem cada vez mais armamentos modernos. Aí, certas declarações ou movimentações dos nossos vizinhos (ou de países que ficam bem longe de nós mas que percorrem a área do mar Negro a toda a hora) não representarão uma ameaça inesperada para nosso país", disse o cientista político.
Vale ressaltar que o complexo russo S-400 Triumph é destinado a interceptar todos os meios de ataque aéreos modernos, inclusive bombardeiros estratégicos, mísseis balísticos e de cruzeiro, bem como atingir alvos terrestres. O sistema é capaz de interceptar alvos a uma distância de até 600 quilômetros, eliminá-los a 400 quilômetros e na altitude de 30 quilômetros.