A chanceler alemã Angela Merkel apoiou as ações da Rússia na Síria, escreveu a mídia alemã. Cientista político opina o que pode ter levado a isso.
Sputnik
A edição alemã Deutsche Wirtschafts Nachrichten publicou um artigo dizendo que Merkel apoiou pela primeira vez a operação russa na Síria.
Angela Merkel © AP Photo / Ferdinand Ostrop |
A matéria sublinha que a operação antiterrorista russa no país árabe foi dificultada pelo fato de os terroristas tentarem usar civis como "escudos humanos".
"É preciso tomar medidas para combater as forças radicais, mas ao mesmo tempo proteger os civis. Temos que evitar uma catástrofe humanitária", cita a edição as palavras de Merkel, que as qualificou como aprovação das ações militares russas.
O cientista político e jornalista Yuri Svetov acredita que a afirmação de Merkel é resultado do último encontro com o presidente Vladimir Putin, quando os dois líderes discutiram a possível contribuição da Alemanha para a restauração da Síria.
"Eu estava naquele mesmo tempo na Alemanha e os alemães se mostraram muito interessados neste aspecto das negociações, acreditando que a restauração da paz na Síria ajudará a parar o fluxo incessante de refugiados em direção à União Europeia e, particularmente, à Alemanha", disse o especialista ao serviço russo da rádio Sputnik.
Svetov acha que, se a Europa se encarregar da reconstrução da Síria, talvez seja possível unir o país.
"Neste caso, o comportamento dos EUA é importante: se irão impedir ou não que a Europa participe da recuperação da Síria. Assim como é importante a reação à situação em Idlib: se os norte-americanos continuarão ameaçando atacar a Síria ou se será possível diminuir esta vontade de mostrar os músculos", acrescentou.
No momento, a província de Idlib está sendo controlada maioritariamente por militantes de grupos armados, assim como por vários grupos terroristas que atacam o exército sírio.
Em 18 de agosto, Putin e Merkel mantiveram negociações na Alemanha, discutindo tais assuntos como situação na Ucrânia, na Síria e no Irã, relações bilaterais, entre outros.