O Centro Russo de Reconciliação comunicou nesta terça-feira (11) que os combatentes tinham levado dois recipientes com substâncias químicas baseadas em cloro para o povoado de Jisr al-Shughur a fim de filmar encenações de um alegado ataque químico.
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De acordo com as informações do centro, que se referiu aos moradores locais de Idlib, na área da província começaram as filmagens de uma provocação encenada com alegado uso pelo exército sírio de armas químicas contra civis.
Fábrica terrorista de armas químicas em Aleppo, Síria © Sputnik / Nour Molhem |
"Segundo as informações obtidas de moradores da província de Idlib, no momento no povoado de Jisr al-Shughur está sendo filmada uma provocação encenada de alegado uso de armas químicas pelo exército da Síria contra civis", lê-se no comunicado do centro.
Nota-se que, segundo o cenário, "estão previstas cenas de assistência aos moradores de Jisr al-Shughur pelos ativistas da organização Capacetes Brancos depois do alegado uso pelo exército sírio das chamadas bombas aéreas de barril com substâncias tóxicas", detalhou.
Para filmar a encenação, de manhã ao povoado de Jisr al-Shughur chegaram equipes de filmagem de vários canais do Oriente Médio, bem como da filial regional de um canal de notícias norte-americano.
Anteriormente, o representante oficial do Ministério da Defesa da Rússia, major-general Igor Konachenkov, tinha informado que o Centro Russo para a Reconciliação na Síria dispõe de informações segundo as quais especialistas estrangeiros teriam chegado à zona de desescalada em Idlib para encenar um "ataque químico", que seria um pretexto para os EUA e seus aliados atacarem a Síria com mísseis.
Os EUA estão concentrando forças no Oriente Médio. Recentemente, ao golfo Pérsico chegou o destróier USS The Sullivans com 56 mísseis de cruzeiro a bordo. Além disso, um bombardeiro estratégico B-1B da Força Aérea dos EUA com 24 mísseis de cruzeiro ar-superfície AGM-158 JASSM foi transferido para a base aérea de Al-Udeid no Qatar.
As declarações das autoridades dos EUA e de seus aliados provam indiretamente as intenções dos mesmos de atacarem a Síria, afirmando estarem prontos para "responder de forma mais decidida" à utilização de armas químicas por Damasco, assinalou Igor Konachenkov.
Por sua vez, Moscou vem advertindo os EUA e seus aliados para não empreenderem passos precipitados contra a Síria.