O Alto Comando da Marina de Guerra del Perú (MGP) está, nesse momento, focado em analisar as condicionantes de fabricação, as vantagens operacionais e as circunstâncias que influenciam o processo de aquisição das fragatas dinamarquesas Classe Iver Huitfeldt, de 138,7 m de comprimento e 6.645 toneladas de deslocamento (carregadas).
Por Roberto Lopes | Poder Naval
Os principais chefes navais peruanos assistiram, recentemente, no Canadá, a uma apresentação desse navio feita por seu fabricante, o Odense Steel Shipyard (em dinamarquês, Odense Staalskibsværft).
HDMS Peter Willemoes (F-362), classe Iver Huitfeldt |
Inspirada na experiência acumulada pelo chamado navio de Apoio Absalom, o projeto da Iver Huitfeldt tem merecido repetidos artigos no portal Maquina de Combate, um dos endereços eletrônicos que tratam de assuntos militares peruanos (e desfrutam de melhores fontes na Armada local).
O site é editado pelo administrador de empresas Peter Watson Pollack, que cresceu no meio militar peruano por ser filho de um antigo oficial superior da Marinha, tornou-se analista de Defesa independente e, atualmente, é também correspondente em Lima do portal espanhol Infodefensa.com.
Flexibilidade
Nesta sexta-feira – 7 de setembro – um texto (não assinado) publicado neste site, intitulado Es factible uma Marina de Guerra del Perú sin Corbetas? (disponível em aqui) afirma, categoricamente, que, das quatro ofertas de fragatas que alcançaram o governo de Lima – provenientes de estaleiros da Inglaterra, Dinamarca, Holanda e Espanha – a proposta dinamarquesa é a que garante maior transferência de tecnologia.
Puedes pactar con ellos [fabricantes dinamarqueses] donde se construye [os barcos], cómo se construye, si acá pones un sistema usado, allá uno nuevo, acá usas tecnologia civil, allá militar, etc.
Devido às restrições orçamentárias em seu país, o aproveitamento de sistemas de 2ª mão em navios novos é uma preocupação permanente dos militares peruanos.
Esses oficiais acabam de aprovar a instalação de um canhão de proa usado no seu novíssimo navio-doca de assalto anfíbio (classe Makassar) Pisco.
De acordo com o mesmo artigo, a Marinha peruana recebeu propostas dos navios:
Puedes pactar con ellos [fabricantes dinamarqueses] donde se construye [os barcos], cómo se construye, si acá pones un sistema usado, allá uno nuevo, acá usas tecnologia civil, allá militar, etc.
Devido às restrições orçamentárias em seu país, o aproveitamento de sistemas de 2ª mão em navios novos é uma preocupação permanente dos militares peruanos.
Esses oficiais acabam de aprovar a instalação de um canhão de proa usado no seu novíssimo navio-doca de assalto anfíbio (classe Makassar) Pisco.
De acordo com o mesmo artigo, a Marinha peruana recebeu propostas dos navios:
- Alfa 3000 e Alfa 4000, da Navantia;
- Fragatas Sigma do Damen Group;
- Navio classe Iver Huitfeldt, da indústria naval dinamarquesa; e
- Fragatas Type 31 Leander da Cammel Laird/BAE Systems, do Reino Unido.
Em outro artigo (também não assinado), intitulado Babcock oferece las fragatas misileras Iver Huitfeldt a la Armada del Reino Unido (disponível aqui), de 1º de junho último, o site Maquina de Combate relata o esforço da empresa Babcock International para propor à Marinha Real uma versão do navio classe Iver Huitfeldt apta a enfrentar a BAE Systems na concorrência aberta para viabilizar a embarcação que, a partir de meados da próxima década, começará a substituir as prestigiadas fragatas britânicas Tipo 23.
Imbuída do objetivo de triunfar no certame, a Babcock propôs, inicialmente, uma Iver Huitfeldt com 120 m de casco – batizada Arrowhead 120 –, mas logo modificou esse seu oferecimento para uma Arrowhead 140.
Esse navio maior teria deslocamento de 5.700 toneladas (vazio), oito mísseis antinavio, um CIWS (Close-in Weapon System) que poderia ser o Rheinmetall Oerlikon Millenium Gun de 35 mm, sistema de combate Thales Tacticos (adotado em 24 marinhas ao redor do planeta), velocidade de combate sustentada acima dos 18 nós, e velocidade máxima superior de 28 nós.
“Desde essa tribuna fazemos votos para que a Marinha de Guerra do Peru considere com muita seriedade este inteligente desenho em seu programa de substituição das fragatas Lupo”, diz a Maquina de Combate.
Em estudos realizados no ano passado, a Armada Peruana concluiu que necessitaria de 12 fragatas novas para atualizar a sua Força de Superfície, e que tal número jamais poderia ser inferior a oito unidades.
O grande problema é que os peruanos querem pagar entre 300 e 350 milhões de dólares por um escolta novo, e as Iver Huitfeldt custam o dobro disso.
Imbuída do objetivo de triunfar no certame, a Babcock propôs, inicialmente, uma Iver Huitfeldt com 120 m de casco – batizada Arrowhead 120 –, mas logo modificou esse seu oferecimento para uma Arrowhead 140.
Esse navio maior teria deslocamento de 5.700 toneladas (vazio), oito mísseis antinavio, um CIWS (Close-in Weapon System) que poderia ser o Rheinmetall Oerlikon Millenium Gun de 35 mm, sistema de combate Thales Tacticos (adotado em 24 marinhas ao redor do planeta), velocidade de combate sustentada acima dos 18 nós, e velocidade máxima superior de 28 nós.
“Desde essa tribuna fazemos votos para que a Marinha de Guerra do Peru considere com muita seriedade este inteligente desenho em seu programa de substituição das fragatas Lupo”, diz a Maquina de Combate.
Em estudos realizados no ano passado, a Armada Peruana concluiu que necessitaria de 12 fragatas novas para atualizar a sua Força de Superfície, e que tal número jamais poderia ser inferior a oito unidades.
O grande problema é que os peruanos querem pagar entre 300 e 350 milhões de dólares por um escolta novo, e as Iver Huitfeldt custam o dobro disso.