Segundo jornal iraniano, Teerã pretende fornecer a Damasco caças de fabricação nacional Kowsar e sistemas antiaéreos Bavar-373, que são semelhantes aos S-300 russos, porém, de acordo com fonte militar síria, não há datas concretas para entrega.
Sputnik
Kowsar foi lançado no mês passado e é o primeiro caça fabricado pelo Irã, além disso, ele se assemelha ao caça americano de terceira geração F-5E. Vale destacar que a aeronave iraniana é equipada com modernos equipamentos, o que indica um avanço da indústria iraniana, que poucos países possuem, afirma o jornal local Al Masdar News.
Caça iraniano Kowsar | CC BY 4.0 / Tasnim News Agency |
Caça possui uma arquitetura altamente integrada e um sistema de controle de fogo que utiliza redes de dados digitais de quarta geração, sendo capaz de carregar diversos armamentos, além de poder ser utilizado em missões curtas de apoio.
O Irã vem desenvolvendo sua indústria militar há anos, enfrentando sanções internacionais e unilaterais, impostas pela ONU, EUA e seus aliados. Com isso, o país tem obtido avanços consideráveis que já conta com um robusto programa de mísseis, um tanque de combate Karrar, uma grande variedade de drones e outros projetos.
Outro projeto iraniano é o sistema antiaéreo de longo alcance, Bavar-373, projetado para substituir os S-300 russos, que devido às sanções da ONU, teve o contrato suspenso. O projeto foi lançado em 2016 e está previsto para ser finalizado em 2019, entrando em serviço no exército iraniano.
A informação surgiu em um momento tenso na Síria devido às ameaças dos EUA e seus aliados de realizar uma ação militar contra Damasco em caso de utilização de armas químicas.
Além do mais, militares e políticos tanto russos como sírios vêm denunciando a possibilidade de realização de encenação de ataque químico por países ocidentais para justificar posteriormente ataque ao governo sírio.
A hipotética ofensiva de Damasco contra a província de Idlib, transformado em um ponto de guerra que sedia tanto extremistas radicais como opositores armados, é a região onde chocam os interesses e planos da Síria (com seus aliados Rússia e Irã), de Turquia (que patrocina vários grupos opositores presentes na província) e da coalizão liderada pelos EUA.