Nesta sexta-feira (7), o presidente iraniano Hassan Rouhani afirmou que é difícil esperar de Washington "um papel positivo na regulação da situação na Síria", ressaltando que a presença de tropas norte-americanas no país árabe "deve terminar imediatamente".
Sputnik
Os líderes da Rússia, Turquia e Irã se reuniram hoje (7) em Teerã para discutir a situação na Síria, particularmente na província de Idlib.
Tropa dos EUA na Síria © AP Photo/ Hussein Malla |
A presença dos EUA na Síria é ilegal, pois não foi aprovada pelo governo de Assad e somente dificulta o processo de paz, segundo o líder iraniano, adicionando ele que a luta antiterrorista na província de Idlib é um passo crucial no processo de paz sírio.
"É evidente que os americanos estão na Síria de forma ilegal e somente se dedicam à agressão […] A intervenção dos Estados Unidos na Síria não tem base em nenhuma norma do direito internacional, sua presença agrava o problema e dificulta o estabelecimento de uma paz sustentável no país", declarou Rouhani.
Além disso, o presidente iraniano destacou que Teerã manterá sua presença na Síria para "lutar contra o terrorismo a pedido do governo legítimo do país".
"E a continuação de nossa presença na República Árabe da Síria será resolvida no futuro a partir do mesmo princípio", afirmou o presidente.
Ele ainda complementou seu discurso falando que a presença iraniana "não serve para impor nossa vontade a ninguém".
"Sempre apoiaremos a vontade do povo sírio como a de um povo amigo […] Estamos plenamente conscientes das preocupações dos países da região com o terrorismo e o separatismo. Cremos que a cooperação com o governo legítimo da Síria é a abordagem mais eficaz e sustentável, e estamos firmemente convencidos de que outras abordagens, como a intervenção direta sem coordenação com o Exército sírio, podem agravar a situação no país", concluiu Rouhani.