Dois grupos de insurgentes rejeitaram o acordo realizado entre Rússia e Turquia este mês, que estabelece uma zona desmilitarizada na província de Idlib. Um dos grupos afirmou neste domingo (23) que o acordo busca "enterrar a revolução".
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A rejeição do acordo por parte de alguns grupos de militantes demonstra problemas que poderão surgir nas próximas semanas, conforme se aproxima o prazo para desmilitarizar a zona, o que foi planejado para acontecer em outubro.
Militares sírios em Idlib © Sputnik / Ilia Pitalev |
Segundo a agência Associated Press, as declarações também evidenciam a divisão entre os grupos militantes, já que algumas facções insurgentes apoiadas pela Turquia, como o Frente Nacional de Libertação, apoiaram o acordo.
O grupo Horas al-Din, que traduzido do árabe significa Guardiões da Religião, chamou o acordo que estabeleceu uma zona desmilitarizada de 15-20 quilômetros de extensão, com tropas da Rússia e da Turquia, que é membro da OTAN, de "grande conspiração". O grupo é considerado o maior de toda a província de Idlib.
Outros grupos, como a Frente Ansar al-Din, lançaram um comunicado neste domingo (23) chamando todos os grupos da região para se unirem e deixarem as diferenças de lado.
A província de Idlib é considerada a última fortaleza de insurgentes na Síria. Na sexta-feira (21), o Ministério da Defesa da Turquia relatou ainda que as áreas da fronteira desmilitarizada estabelecida pelo acordo foram escolhidas pela Rússia.