O exército francês está pronto para efetuar mais um ataque contra o território da Síria em caso de uso de armas químicas na província de Idlib, afirmou nesta quinta-feira (6), o chefe do Estado-Maior das Forças Armadas da França, François Lecointre.
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"Estamos prontos a atacar se as armas químicas forem utilizadas novamente", assinalou Lecointre, citado pela agência Reuters.
Centro de pesquisas bombardeado na Síria pela coalizão Eua, Inglaterra e França © Sputnik / Yazan Kalash |
O militar acrescentou que a França poderia lançar esta represália sozinha, embora prefira agir junto com seus aliados.
"Poderia ser a nível nacional, mas estamos interessados em fazê-lo com o maior número possível de parceiros", assegurou o militar.
François Lecointre disse estar esperando também que o grupo terrorista Daesh (proibido na Rússia e em vários outros países) seja completamente destruído até o final do ano.
No momento, a província de Idlib praticamente não é controlada pelas forças governamentais da Síria. Na zona se encontram combatentes da oposição armada. Além disso, de acordo com informações de Moscou e Damasco, vários grupos terroristas que estão operando na zona efetuam frequentes ataques contra as posições do exército sírio.
Nos últimos dias, a situação em torno da província tem se agravado. O representante oficial do Ministério da Defesa russo, Igor Konashenkov, afirmou recentemente que, segundo várias fontes independentes, terroristas do grupo Frente al-Nusra (proibido na Rússia e em vários outros países) estariam preparando uma provocação com a utilização das armas químicas na província de Idlib a fim de usá-la para acusar Damasco de ações contra civis.
Em abril de 2018, os EUA, o Reino Unido e a França coordenaram um ataque aéreo maciço contra a Síria, depois que a controversa ONG Capacetes Brancos alegou o uso de armas químicas na cidade de Douma. Os Capacetes Brancos foram repetidamente flagrados encenando ataques de bandeira falsa.