"A liberdade de navegação não é uma liberdade para invadir e violar a soberania", disse o embaixador chinês no Reino Unido, Liu Xiaoming.
Sputnik
De acordo com o diplomata, Pequim "aprecia" o princípio da liberdade de navegação. No entanto, não permanecerá inativa, pois as potências ocidentais o usam como pretexto para mostrar sua "força militar" e "criar problemas" no mar do Sul da China, disse o embaixador chinês no Reino Unido, citado pelo site oficial da embaixada.
Liu Xiaoming | Reprodução |
"Algumas potências de fora da região parecem não apreciar a paz e a tranquilidade no mar do Sul da China, eles sempre enviam navios de guerra e aviões para criar problemas", destacou durante uma reunião de diplomatas realizada em Londres
A China está preocupada com o fato de os EUA e seus aliados estarem invadindo descaradamente as águas das ilhas Paracel e das ilhas Spratly, onde a China tem infraestrutura militar para proteger suas reivindicações territoriais, explicou.
"Com a desculpa da chamada 'liberdade de navegação', eles ignoraram a vasta rota marítima e escolheram navegar nas águas adjacentes das ilhas e recifes da China para mostrar seu poderio militar", sublinhou o embaixador, adicionando que tais ações são uma "violação grave da soberania da China".
Algumas zonas no mar do Sul da China e no mar da China Oriental são disputadas por países como o Brunei, China, Filipinas, Japão, Malásia, Taiwan e Vietnã.
A China considera as ilhas Spratly como seu território, embora o Tribunal Permanente de Arbitragem de Haia tenha estabelecido que não há bases legais para tais exigências.