O Exército Brasileiro dobrará em curto espaço de tempo a capacidade de fogo de sistemas ASTROS 2020 com a criação do 16º Grupo de Mísseis e Foguetes
Pedro Paulo Rezende | DefesaNet
Brasília —O Exército Brasileiro já iniciou o processo de implantação de uma segunda unidade equipada com o sistema de lançamento ASTROS 2020, fabricado pela AVIBRAS Aeroespacial, com as obras de construção das instalações do 16º Grupo de Mísseis e Foguetes no Forte Santa Bárbara, localizado na cidade goiana de Formosa.
Disparo de munição SS-30. Foto PEE Astros 2020 |
A unidade será formada a partir da desativação e transferência de pessoal do 16º Grupo de Artilharia de Campanha Autopropulsado, atualmente sediado na cidade gaúcha de São Leopoldo, e equipado com obuseiros autopropulsados M-109A3.
O comandante logístico, General-de-Exército Carlos Alberto Neiva Barcellos, anunciou a medida na manhã de hoje, durante a cerimônia de recebimento pelo 6º Grupo de Misseis e Foguetes (6º GMF), Grupo José Bonifácio-Ernesto Geisel, de oito unidades do Sistema ASTROS 2020.
O 6º Grupo de Mísseis e Foguetes recebeu as seguintes unidades montadas no padrão Mk-6:
- duas unidades controladoras de fogo;
- três unidades meteorológicas, e.
- três oficinas veiculares e eletrônicas.
O padrão Mk-6 é o mais moderno, capaz de monitorar o disparo dos futuros foguetes guiados SS-40G, e do míssil de cruzeiro AV-TM (MTC-300), que se encontram em fase final de desenvolvimento.
Até o final do ano, estará completa a primeira fase do Programa ASTROS 2020, com a atualização de todas as viaturas lançadoras e remuniciadoras do 6º GFM, construídas no padrão Mk-2 e Mk-3, para o padrão Mk-3M.
Desta forma, estarão aptas a disparar as munições previstas para a versão mais moderna. A entrega das viaturas marcou o 76º aniversário do 6º GMF, criado em 1º de outubro de 1942, como grupo de artilharia de costa motorizado, na cidade paulista de Praia Grande.
Infraestrutura
Em seu discurso, o General Barcellos destacou os avanços do Programa ASTROS 2020 no Forte Santa Bárbara. Neste ano, já estão em pleno funcionamento as instalações do Comando de Artilharia do Exército; a Base de Administração e Apoio do Comando de Artilharia; o Centro de Instrução de Artilharia de Mísseis e Foguetes e o Centro de Logística de Mísseis e Foguetes.
Ele também citou o desenvolvimento do simulador do sistema, a cargo da Universidade Federal de Santa Maria (RS).
Com a ativação futura do 16º Grupo de Foguetes e Mísseis, o Brasil passará a contar com 96 viaturas lançadoras (atualmente, são 48). A dotação de cada organização militar é de cerca de cem veículos incluindo os diretores de tiro, as unidades meteorológicas, remuniciadoras e oficinas.
Segundo o gerente do Programa Estratégico do Exército (PEE) Astros 2020, general da reserva José Júlio Dias Barreto, o sistema cumpre um dos objetivos da Estratégia Nacional de Defesa aprovada em 2008: contribuir com uma dissuasão extrarregional.
Futuro
O míssil de cruzeiro AV-TM (MTC-300) será o principal vetor de dissuasão. Com alcance de 300 quilômetros e capacidade carga útil 200 kg, para se adequar ao Regime de Controle de Mísseis e Foguetes (MTCR), tem um grande potencial de exportação. Segundo fontes do Exército, o programa de homologação depende dos tiros de validação do alcance máximo, que ainda não foram realizados em função da falta de sistemas de monitoramento e de locais adequados à função.
O Campo de Provas Brigadeiro Velloso da Força Aérea Brasileira (FAB), localizado na Serra do Cachimbo (Pará), está limitado a disparos de até 120 quilômetros de alcance. Além disto, nenhuma das Forças Armadas dispõe de radares de monitoramento capazes de cumprir a missão.
Segundo uma fonte, o Centro de Avaliações do Exército, localizado na Restinga da Marambaia, Rio de Janeiro, possui um equipamento móvel que poderia atender os requisitos necessários para os testes de homologação, mas está com defeito.
— No momento, avaliamos se o equipamento tem conserto, caso contrário, seremos obrigados a adquirir um novo sistema no exterior, o que deve atrasar o processo em pelo menos um ano — afirmou o oficial. — A questão do disparo em alcance máximo pode ser resolvida de maneira mais simples a partir dos centros de lançamento de Alcântara, no Maranhão, ou de Barreira do Inferno, no Rio Grande do Norte.
Marinha do Brasil interessada em uma versão naval do AV-MT (MTC-300)
O Corpo de Fuzileiro Navais da Armada (CFN) já o adota o Sistema ASTROS 2020.
Agora além do Exército e so Fuzileiros, a Marinha observa com atenção o desenvolvimento do AV-MT (MTC-300). Dependendo dos testes de homologação, há interesse da força naval em duas versões disparadas de contenedores. Uma, seria equipada com uma ogiva antinavio e com sistema de guiagem atualizado por datalink alimentado por aeronave ou submarino. A segunda versão serviria para engajar alvos terrestres.
Nas recentes manobras RIMPAC (Orla do Pacífico) a US Navy testou o emprego, e considerou ponto alto, o lançamento de foguetes lançados desde plataformas “High Mobility Artillery Rocket System”- HIMARS (uma cópia americana, sem constrangimento, do ASTROS II), baseadas em terra.
Anteriormente também a US Navy, lançou desde convoo de navio de transporte diretamente de viaturas HIMARS. Na foto abaixo o disparo de um foguete desde um a plataforma HIMARS do US Marine Corps, posicionada no convoo do USS Anchorage (LPD 23), durante a Operação Dawn Blitz 2017, Outubro 2017.
Disparos
O ponto alto do evento foi o disparo de três foguetes SS-30 (30km alcance), a partir de três lançadoras, o primeiro deles pelo general Barcellos. Além do comandante logístico, participaram da cerimônia o secretário de Economia e Finanças do Exército (SEFA), General-de Exército Marcos Antônio Amaro dos Santos; os comandantes militar do Planalto, General-de-divisão Sérgio da Costa Negraes, e da Força de Fuzileiros Navais, vice-almirante Paulo Martino Zuccaro, e o secretário de desenvolvimento da infraestrutura do Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão, Pedro Capeluppi.
DISSUASÃO EXTRA REGIONAL ... BRINCADEIRA ...
ResponderExcluirArtigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Cidadão brasileiro! Há quanto tempo você está ouvindo essa "conversa para boi dormir "sobre dissuasão extra regional? Vamos conversar sobre o que interessa. Vamos tratar do que realmente pode machucar o inimigo antes que ele possa chegar perto do nosso território. Vamos discutir sobre como estamos nos enganando. Primeiramente devemos atentar para o alcance dos mísseis fabricados pelo País. Para que se tenha uma ideia, na relação abaixo, até o "SS-150", inclusive, esses foguetes estão muito bons para fazer frente a ameaças de países sul americanos que, por um acaso (uma hipótese muito improvável haja vista os fatos atuais do MERCOSUL/UNASUL/CONSELHO DE DEFESA SUL AMERICANO), se aproximem de forma ameaçadora de nossas fronteiras.
Alcance dos foguetes/Misseis: SS-30: 9 a 30 km; SS-40: 15 a 35 km; SS-AV-40: 40 Km (guiamento por GP); SS-60: 20 a 60 km; SS-80: 20 a 90 km; SS-150: 29 a 150 Km e AVMT-300: 30 a 300 Km.
Eis que surge o tão "cantado e decantado em versos AVMT-300", que alguns "experts" estão considerando de longo alcance. Ah! O míssil é capaz de bater o pré-sal, que está na faixa de 150/300km do litoral!
E os nossos grupos de mísseis e foguetes (a previsão é de dois) estão sediados aonde? Um deles, o de Formosa/GO, está distante do Rio de Janeiro há nada mais nada menos do que 1447 Km! O outro grupo, por um acaso, está situado em Belém, para fazer frente a uma armada superpoderosa que cerre meios em direção á foz do Amazonas? Seria esse o nosso trunfo de dissuasão extra regional? Meu Deus! Que alguém me prove que não estamos "viajando na maionese".
Ah! Mas os "7" projetos estratégicos do Exército! Nada contra! Mas seriam mesmo, todos, estratégicos na acepção da palavra? Que não se duvide, ou o País toma vergonha na cara e denuncia este ajuste internacional que nos limita a 300km/500 kg ou vamos começar a apanhar bem cedo, com os "grandes predadores militares" mandando seus "presentes" desde 1500/2500 km.
Vejam que, já do mar, esses poderosos inimigos podem atingir nossas baterias de "ASTROS II" ainda em Brasília. E nós? Parece que ninguém se dá conta! Nós vamos estar em deslocamento acelerado pelas nossas estradas esburacadas, correndo atrás do atraso desde a saída da capital federal.
Brasileiros, 300 km de alcance é muito pouco! "Grandes predadores militares" que cheguem à esta distância da nossa fronteira norte ou da bacia do pré sal, para eles, pela sua pletora de meios, é como se já tivessem alcançado a "distância de assalto", ou seja, aquela em que se manda "calar baionetas". Deixar esta gente chegar assim, sem nenhum castigo de longa distância, é não dar a mínima para nossos filhos e netos que vão estar na linha de frente. Ah! Mas o Projeto SISFRON! O Projeto "SISFRONILDO" está p’rá lá de MARRAKESCH! É preciso priorizar hoje, agora, para ontem, o Projeto VETOR DE RESPEITO 1500, quiçá 2500 km!
Um remendo urgente, emergencial, seria dotar nossas "14" belonaves de escolta da Marinha, cada uma, com uma seção de ASTROS II, a fim de que os ínfimos 300 km fossem contados já a partir de alto mar. A propósito, esses navios de guerra já foram, todos, dotados com os mísseis EXOCET (que a Força Naval já fabrica) para ataque/defesa aproximada ou se vai priorizar os recursos para compra de "27" navios patrulha, aqueles para exercício de tiro ao alvo pelo inimigo? Outra linha-de-ação (de remendo, até se dispor do VDR-1500) é dotar, todos, os grupos de artilharia do Rio de Janeiro de "uma" bateria de ASTROS II.
PRRPAIVA
CEL INF E EM