A Força Aérea dos EUA não satisfaz as necessidades futuras de possíveis conflitos por estar sobrecarregada com tarefas, problemas técnicos e déficit de quadros qualificados, assegura a mídia norte-americana, citando uma análise do centro de pesquisa RAND e do GAO, órgão responsável pela auditoria, avaliações e investigações do Congresso.
Sputnik
De acordo com a edição The National Interest, os dados da análise oferecem um "quadro tenebroso" da situação na aviação norte-americana. Especialistas avaliaram o potencial da Força Aérea dos EUA em quatro possíveis conflitos futuros: nova Guerra Fria com a Rússia ou a China envolvendo um grande ou pequeno conflito regional, operações de coerção à paz com introdução de zonas de exclusão aérea, bem como campanhas de combate contra rebeldes.
B-52 Stratofortress | Reprodução |
Ao se basearem nos dados sobre antigas operações da Força Aérea dos EUA, os analistas avaliaram suas capacidades em oito tarefas diferentes, inclusive a conquista de supremacia aérea, efetuação de ataques aéreos e transporte.
Segundo os cálculos do RAND, praticamente em nenhum desses cenários a aviação norte-americana conseguiu alcançar 100% de sucesso, frisa a edição. Por exemplo, no caso de um conflito regional arrastado, a porcentagem de combates aéreos e ataques aéreos eficientes somará apenas 62% e 65%, respectivamente.
Analistas observam que o cenário com menor probabilidade de colisão direta acabou sendo um dos mais problemáticos para os EUA. Assim, em operações de coerção à paz a aviação norte-americana será capaz de garantir apenas 29% das necessidades de reconhecimento militar, 40% no que se trata de missões especiais e 46% na efetuação de ataques com bombas, detalha o artigo.
As razões dos resultados tão pouco favoráveis, segundo afirmam especialistas, são os problemas sérios na manutenção técnica de aviões, bem como o déficit de quadros qualificados, concluiu a revista.
Mais cedo, a mesma mídia criou uma lista dos piores caças em toda a história da Força Aérea dos EUA.