O Observatório Sírio de Direitos Humanos informou nesta segunda-feira que 69 pessoas morreram na explosão em um armazém de munição embaixo de um edifício que desabou no domingo na província síria de Idlib, uma região controlada pelos rebeldes perto da fronteira com a Turquia.
EFE
Beirute - Segundo o Observatório, entre os mortos na explosão, ocorrida na cidade de Sarmada, há pelo menos 52 civis, dos quais 17 são menores de idade, além de 17 combatentes.
Explosão em prédio de Sarmada, Síria | AP |
Até ontem, o número de corpos retirados dos escombros era de 39, segundo cálculos do Observatório.
A região está sob controle pela Organização de Libertação do Levante, a coalizão armada criada em torno do antigo braço sírio da Al Qaeda, segundo o diretor do Observatório, Rami Abdul Rahman.
A ONG advertiu que o número de mortos pode aumentar nas próximas horas, já que há vários feridos em estado grave, embora não tenha especificado quantas pessoas estão hospitalizadas.
Um voluntário da Defesa Civil Síria desdobrada em Sarmada, Anmar Salamo, afirmou que a organização, também conhecida como os "capacetes brancos", está há "27 horas trabalhando no local e conseguiu resgatar 17 pessoas com vida".
Salamo afirmou que as equipes de resgate recuperaram pelo menos 67 corpos dos escombros do edifício.
"Os civis não sabem para onde ir. Assim que escutamos que o regime vai atacar a região, e que a Turquia não o permitirá", comentou Salamo.
A maioria dos residentes no edifício era de deslocados que procediam da província de Homs, segundo a ONG.
A província de Idlib é o último reduto da oposição armada síria e o local para onde estão se dirigido os combatentes e civis evacuados de outras áreas que foram conquistadas pelas tropas leais ao presidente da Síria, Bashar al Assad.