Diversas dessas embarcações continuam em serviço e seus recordes ainda não foram quebrados.
Aleksêi Timofeitchev | Russia Beyond
Os maiores
A URSS construiu os maiores submarinos da história, conhecidos como classe Akula ou Typhoon, segundo a denominação da Otan. Esses submarinos são maiores que um campo de futebol.
Projeto 941 "Akula" | Reprodução |
O comprimento de diversos modelos é de quase de 173 metros. A altura do Akula é de 25 metros, o equivalente a um prédio de oito andares. O deslocamento do submarino é de 48 mil toneladas.
Esta embarcação pode transportar 20 mísseis de 80 toneladas cada. O poder de fogo de uma salva é o suficiente para destruir 300 grandes cidades.
Na década de 1980, após uma série de testes do submarino, um oficial soviético responsável pelos testes afirmou: "Se fosse possível instalar este submarino em algum lugar em Moscou, por exemplo, próximo ao Canhão do Tsar, a humanidade abandonaria a ideia de iniciar guerras voluntariamente para sempre”.
O desenvolvimento de submarinos da classe Akula começou no início dos anos 1970, em resposta aos planos dos EUA de lançar novos e poderosos submarinos Ohio. Assim, os líderes soviéticos decidiram criar uma nova geração de submarinos com "mísseis cujas caraterísticas técnicas superem as dos EUA". Por isto, os cientistas soviéticos desenvolveram os mísseis R-39, mais pesados e maiores.
No total, foram construídos seis submarinos da classe Akula, mas apenas um deles, o “Dmítri Donskoi”, continua em uso na Marinha russa. Este submarino foi modernizado e é equipado com mísseis Bulavá.
O que alcança maior profundidade
Em 4 de agosto de 1984, no mar da Noruega, o submarino nuclear soviético K-278 Komsomólets atingiu uma profundidade de imersão recorde, de 1.027 metros, e conseguiu disparar um torpedo a uma profundidade de 800 metros.
K-278 Komsomolets | Reprodução |
O recorde não foi quebrado até hoje, e os submarinos modernos não submergem abaixo dos 600 metros de profundidade.
O Komsomólets foi o único submarino do projeto Plavnik (em português, “nadadeira”), cujo desenvolvimento começou em 1966, mas que foi construído apenas em 1978. Os projetistas soviéticos usaram titânio para criar um casco leve e resistente.
Este submarino, porém, teve um final trágico. Em 7 de abril de 1989, um incêndio ocorreu em uma de suas seções. A embarcação conseguiu chegar à superfície, mas não teve tempo o suficiente para esperar o socorro de outros navios. A tripulação passou mais de uma hora nas águas geladas do mar da Noruega e 42, dos 69 tripulantes no total, morreram, principalmente devido à hipotermia.
O incêndio ocorreu devido à complexidade tecnológica do navio, segundo laudo posterior. O ex-oficial da Marinha Serguêi Toptchiev afirma que a tripulação simplesmente não sabia como operar adequadamente a sofisticada tecnologia. A investigação da tragédia foi concluída em 1998 sem que um culpado fosse apontado.
O mais rápido
O submarino mais rápido de todos os tempos, o K-162 (posteriormente renomeado como K-222), do projeto 661 Anchar, entrou em serviço em 1969.
K-162 | Reprodução |
Em dezembro de 1970, ele estabeleceu um recorde mundial, que não foi quebrado até hoje: atingiu a velocidade de 82,8 km/h a uma profundidade de 100 metros. O reator nuclear do submarino não estava usando toda sua capacidade e, teoricamente, poderia alcançar a velocidade ainda maior.
Como no caso do Komsomólets, o desenvolvimento do submarino levou muito tempo, quase dez anos. O K-162 recebeu mais de 400 novas soluções técnicas. O submarino tinha um casco de titânio e era muito caro, por isso, foi apelidado de “peixe dourado”.
O K-162 foi projetado especialmente para atacar os porta-aviões dos EUA e, devido a seu alto preço, é o único submarino do Projeto 661.