Os terroristas na Síria recebiam modernas armas europeias através da Arábia Saudita, escreve a revista britânica The Independent. O jornalista assegura ter descoberto toda a cadeia de entrega.
Sputnik
Em Raqqa, cidade síria libertada de terroristas, Robert Fisk, entre outros jornalistas, visitou porões que abrigavam arsenais do grupo terrorista Al-Qaeda (proibido na Rússia e em vários outros países).
© AP Photo / Hammurabi's Justice News |
Em um dos abrigos antibombas, o jornalista encontrou um "log book", um guia de remessa de lança-minas M75 de 120 mm de padrão da OTAN, fabricados na Bósnia. No documento vazado havia a assinatura do chefe da empresa produtora, Ifet Krnjic.
"Sim, é a minha assinatura, eu me lembro desta remessa. 500 lança-granadas é uma grande quantidade para a Europa, e enviamo-los para a Arábia Saudita", confessou Krnjic.
"No início de 2016 seus representantes visitaram a fábrica, verificaram exemplares e nós fechamos um contrato", adicionou.
Ele frisou que as remessas de equipamento bélico eram oficiais, nos documentos Riad era mencionado como o destino final. Além disso, de acordo com as regras, as armas só podiam ser usadas pelo país para onde eram enviadas.
A embaixada da Arábia Saudita em Londres desmentiu a possibilidade de vazamento de armas às organizações terroristas. Enfrentando, Robert Fisk assegura ter encontrado nos armazéns de Aleppo também contêineres com mísseis antitanque produzidos nos EUA.