As forças especiais do exército do Afeganistão libertaram 61 presos, a maioria deles civis, de duas prisões dos talibãs na província de Helmand, no sul do país, informaram nesta sexta-feira as autoridades afegãs.
EFE
Cabul - A operação de resgate teve início na noite de ontem no distrito de Kajaki, uma área insegura da província, em duas prisões dos talibãs onde eram mantidos os presos, indicou o Ministério da Defesa afegão em comunicado.
Tropas afegãs em Helmand | ABDUL MALIK/REUTERS |
A operação, que foi executada com base em informações de inteligência no terreno, acabou com a morte de dois insurgentes que faziam a guarda dos calabouços e a detenção de outros sete suspeitos, explicou o ministério afegão.
Além disso, o governo de Helmand detalhou, através do escritório de imprensa, que "quase todos os prisioneiros libertados eram civis", e que entre eles havia alguns maiores de 60 anos e crianças com entre 11 e 15 anos.
"Os prisioneiros foram bastante torturados e receberam maus-tratos dos talibãs", disse o escritório do governador.
As forças de segurança afegãs realizaram durante os últimos meses operações similares em prisões insurgentes, a última delas de relevância no mês passado, também em Helmand, onde libertaram 58 pessoas.
O fim da missão de combate da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) no Afeganistão no início de 2015 supôs um aumento do controle territorial dos talibãs em várias regiões do país, especialmente em províncias como Helmand.
De acordo com informação difundida no final do ano passado pelo Inspetor Especial Geral para a Reconstrução do Afeganistão (Sigar, na sigla em inglês) do Congresso dos Estados Unidos, o Executivo afegão controla cerca de 56% do país, os talibãs dominam 11% e o resto é território em disputa.