A polícia militar russa posicionada nas Colinas de Golã se retirará depois da chegada das patrulhas permanentes da missão da ONU, relatou à revista Moskovsky Komsomolets o tenente-general e vice-comandante do grupo russo na Síria, Sergei Kuralenko.
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Segundo ele, "a polícia militar russa é a base da paz e tranquilidade hoje nesta região". Kuralenko acrescentou que não há o propósito de continuar o patrulhamento por muito tempo, e os militares partirão assim que a ONU decidir que pode executar as tarefas por conta própria.
Vista das Colinas de Golã de Quneitra, Síria © Sputnik / Valery Melnikov |
"Isso é apenas a necessidade de hoje. Nada mais do que isso. Assim que as patrulhas permanentes da missão da ONU chegarem, nossas patrulhas vão parar o trabalho imediatamente", anunciou o tenente-general.
Em 2 de agosto, o Estado-Maior das Forças Armadas da Rússia anunciou que implantará novamente postos da polícia militar nas Colinas de Golã – o antigo território sírio confiscado por Israel. O trabalho dos pacificadores naquela região foi interrompido por seis anos.
As Colinas de Golã é um território disputado no Oriente Médio que fez parte da Síria até 1967. A área foi capturada por Israel durante a Guerra dos Seis Dias que a anexou unilateralmente em 1981. A resolução do Conselho de Segurança da ONU reconheceu a anexação como inválida. Damasco continua considerando esse território como seu.
O conflito armado na Síria começou em 2011, envolvendo forças do governo que atuam ao lado do presidente do país, Bashar Assad, oposição moderada e vários grupos islâmicos. Nos últimos meses, várias mensagens de armistício foram relatadas.