O Ministério da Defesa russo está prestes a realizar grandiosos exercícios militares no mar Mediterrâneo. O capitão Vasily Dandykin comentou ao serviço russo da Rádio Sputnik os exercícios que serão iniciados no dia 1º de setembro, assinalando que os militares russos receberão experiência indubitável.
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A Marinha e as Forças Aeroespaciais da Rússia realizarão grandiosos exercícios navais no Mar Mediterrâneo do dia 1º a 8 de setembro, informou o Ministério da Defesa russo.
Cruzador de mísseis russo Marshal Ustinov © Sputnik / Pavel Lvov |
As manobras serão postas em prática em conformidade com o plano de preparo das Forças Armadas da Rússia sob a chefia do comandante-em-chefe da Marinha, almirante Vladimir Korolev.
Sabe-se que nos exercícios participarão as Frotas do Norte, do Báltico e do Mar Negro, a Flotilha do Mar Cáspio e as Aviações de Longo Alcance, de Transporte Militar e Naval.
"Para garantir a segurança da navegação e voos de aeronaves, em conformidade com a lei internacional, antecipamos que as regiões, onde serão realizados os exercícios, serão anunciadas perigosas para navegação e voos", destacou o ministério russo.
O capitão Vasily Dandykin deu detalhes ao serviço russo da Rádio Sputnik sobre os exercícios planejados para setembro no Mediterrâneo.
"Os próximos exercícios estão nos planos, mas um importante aspecto deve ser levado em consideração: a tensão formada no leste do Mediterrâneo, que está ligada, antes de tudo, aos receios de provocação com aplicação falsa de armas químicas em Idlib e também com a ativação das forças da OTAN, principalmente das Marinhas dos EUA, Reino Unido e a França", avisou o especialista.
No que diz respeito à composição dos exercícios, considerados os maiores das últimas quadro décadas, Dandykin lembra que a Marinha russa estará em peso, englobando os navios de três frotas, dois navios portadores de mísseis de cruzeiro Kalibr da Flotilha do Mar Cáspio, dois submarinos da Frota do Mar Negro e o líder da força-tarefa — navio de combate de mísseis Marechal Ustinov com defesa antiaérea fortíssima. A defesa antiaérea utilizada será a mesma encontrada nas bases russas na Síria, mas com a participação da aviação naval e de transporte, ressaltou o capitão.
"Trata-se da resolução de um complexo de tarefas. Os nossos navios procurarão treinar evidentemente as tarefas tanto de busca de submarinos como da defesa antiaérea e ataque a possível inimigo com mísseis, artilharia etc. Os nossos militares — marinheiros, pilotos —obterão experiência indubitável de interação, aperfeiçoando suas habilidades em condições muito próximas a combate real", concluiu Vasily Dandykin.