Os militares israelenses afirmaram que abateram um avião militar sírio que teria entrado no espaço aéreo do país. Analista militar comentou em entrevista à Sputnik a situação na fronteira sírio-israelense.
Sputnik
O Exército de Israel anunciou hoje (24) ter abatido um avião militar Sukhoi pertencente à Força Aérea da Síria, pois este entrou 2 quilômetros no espaço aéreo israelense.
Tropa israelense nas Colinas de Golã, Síria © AFP 2018 / JALAA MAREY |
Os militares israelenses lançaram dois mísseis Patriot contra o avião. Um piloto sírio morreu, o destino do outro é desconhecido, comunicou uma fonte no exército sírio.
A fonte também afirmou, porém, que o avião não violou o espaço aéreo de Israel e foi abatido sobre o território sírio enquanto realizava uma operação antiterrorista.
Cientista político e militar Andrei Koshkin comentou a situação, sublinhando que as relações entre a Síria e Israel têm sido tensas há bastante tempo, mas agora qualquer incidente poderá agravá-las ainda mais.
"Por isso, acho que a tragédia com o avião sírio sobre o território de Israel deve ser profundamente investigada. Em uma situação em que todo o Oriente Médio pode pegar fogo por causa de qualquer faísca, é muito importante que todas as partes sejam prudentes. É preciso encontrar tais métodos de atuação que a tensão nas Colinas de Golã diminua e não aumente, impedindo que a atual situação explosiva não resulte em uma explosão", disse ao serviço russo da Rádio Sputnik.
A Síria e Israel disputam há muitos anos o estatuto das Colinas de Golã. Além disso, militares israelenses atacaram em várias ocasiões instalações na Síria, argumentando que não querem que armas modernas acabem nas mãos de seus inimigos, em particular do movimento xiita libanês Hezbollah, que combate na Síria ao lado do governo.