A Marinha de guerra israelense interceptou, no mar Mediterrâneo, um navio com ativistas palestinos que tentavam romper o bloqueio da Faixa de Gaza.
Sputnik
Segundo informam os organizadores da ação, a antiga escuna de pesca Al-Awda (Regresso em português) navega sob bandeira da Noruega e tem a bordo 22 marinheiros, jornalistas e ativistas dos direitos humanos de 16 países e uma carga de remédios no valor de 13 mil euros (R$ 56,2 mil).
Reprodução Twitter |
"O navio da Flotilha da Liberdade que transporta remédios para Gaza foi capturado pelas forças israelenses", escreveram os organizadores no Twitter.
De acordo com eles, quando o navio se encontrava à distancia de 50 milhas marítimas (92,6 quilômetros) da costa de Gaza, os militares da Marinha de Israel entraram em contato com eles via rádio e exigiram que mudassem de rumo. Caso contrário, eles avisaram que tomariam "todas as medidas necessárias" para parar a embarcação.
Até o momento, o serviço de imprensa do Exército israelense não comentou as mensagens dos ativistas.
A seguir ao Al-Awda, outro navio — o iate Freedom (Liberdade em português) sob bandeira da Suécia e com uma tripulação internacional a bordo — tentará romper o bloqueio.
"Esperamos que em dois dias ele atinja a área em que as forças de ocupação israelenses atacaram o Al-Awda", diz o comunicado dos ativistas.
Em 2016 já tinha havido uma tentativa de furar o bloqueio israelense, quando a uma embarcação com 13 mulheres, inclusive a vencedora do Prêmio Nobel da Paz, Mairead Maguire, foi barrada a passagem. O barco delas foi levado para o porto israelense de Ashdod, a cerca de 30 quilômetros ao norte de Gaza, e elas foram detidas antes de serem deportadas.
Israel diz que o bloqueio é importante para impedir que o grupo Hamas consiga armamentos.