O sistema ucraniano de defesa antiaérea se encontra em estado deplorável porque a maioria dos mísseis é produzida na Rússia, e os demais estão sendo retirados de serviço, escreveu em seu blog no portal Obozrevatel Dmitry Umanets, tenente-geral na reserva das Forças Armadas da Ucrânia.
Sputnik
Para o militar, o sistema de defesa antiaérea da Ucrânia tem certo potencial que, em primeiro lugar, consiste na presença de sistemas de mísseis antiaéreos Buk-M1.
Sistema antiaéreo ucraniano Buk M1 © Foto: Ministério da Defesa da Ucrânia |
Ao mesmo tempo, ele observou que toda a produção dos sistemas de defesa antiaérea e a respectiva base científica permanecem na Rússia. As autoridades de Kiev não têm pressa nem mesmo em reparar os sistemas existentes.
Além disso, o militar ucraniano acrescentou que há problemas com o abastecimento de munições. Em particular, os mísseis para o S-300 são fabricados na Rússia e os mísseis para o S-125 foram retirados de serviço na Ucrânia. Não há munições para o S-200 no país.
"Quanto aos mísseis, usamos o parque antigo, que permaneceu nas bases e armazéns", disse Umanets.
Ele também observou que nos últimos anos as empresas ucranianas conseguiram recuperar um quarto do parque de lança-mísseis Buk-M1, portanto é possível também começar a produzir mísseis no país.
Recentemente, o tenente-general ucraniano Igor Romanenko exigiu que o país desenvolva mísseis capazes de atingir Moscou e São Petersburgo. Ele inclusive propôs a conclusão do desenvolvimento dos mísseis Garpun e Grom-2, de modo que seu alcance atingisse milhares de quilômetros.
No obstante, o general reconheceu que Kiev terá problemas com a implementação de tais programas devido às restrições internacionais — o alcance máximo permitido de um míssil terra-terra é de 300 quilômetros.