O comando sírio chegou a um acordo com os agrupamentos de terroristas remanescentes na província de Quneitra quanto à sua retirada para Idlib, no norte do país, segundo a agência nacional síria SANA.
Sputnik
A agência relata que o acordo prevê que a parte dos militantes que recusou a reconciliação seja retirada, os restantes passarão por um processo de reabilitação e recuperação de sua situação pessoal. Por sua vez, as forças governamentais devem recuperar o controle sobre todo o território da província de Quneitra, tal como era antes do conflito na Síria em 2011.
Tropas israelenses nas Colinas de Golã © REUTERS / Ronen Zvulun |
O general de brigada aposentado sírio Ali Maqsoud disse à Sputnik Árabe que, depois de mandar os terroristas que não concordaram com o acordo ao norte do país, o exército restaurará as fronteiras com Israel de 2011.
"Depois disso, podemos negociar com Israel, incluindo sobre o retorno das Colinas de Golã a Damasco. Agora, no sul da Síria, a vantagem está do lado de Damasco e não de Tel Aviv", disse.
Segundo ele, depois do fracasso do plano de criar uma zona tampão no sul da Síria, os israelenses perderam a possibilidade de pressionar Damasco. Este é um momento favorável para esta alcançar seus próprios objetivos. A Síria quer recuperar todas as suas terras, e não importa quando exatamente elas foram ocupadas.
O militar aposentado observou que o governo sírio não interfere quando Israel ajuda terroristas a deixar Quneitra por caminhos e corredores secretos.
"Para o exército agora o importante é libertar toda a província e estabelecer seu controle. É bom que isso aconteça com uma destruição mínima de infraestruturas e edifícios", explicou Maqsoud.
As Colinas de Golã é um território disputado no Oriente Médio que fazia parte da Síria até 1967. A área foi capturada por Israel durante a Guerra dos Seis Dias. As Colinas de Golã são consideradas o celeiro de Israel, onde são plantados trigo, algodão, azeitonas, tomates, amêndoas e plantas subtropicais.