O Ministério da Defesa da Rússia recebeu o primeiro regimento neste ano do sistema de defesa antiaérea S-400. O especialista Oleg Ponomarenko revela por que o sistema é único.
Sputnik
A empresa russa Almaz-Antey forneceu ao Ministério da Defesa russo o primeiro conjunto de sistemas de defesa antiaérea S-400 Triumph, conforme o comunicado da assessoria de imprensa do consórcio em disposição da Sputnik.
S-400 Triumph russos © Sputnik / Anton Denisov |
"Entregamos com antecedência o primeiro, neste ano, regimento de S-400 Triumph ao Ministério da Defesa da Federação da Rússia", declarou Yan Novikov, diretor-geral da empresa.
Durante a transferência, o equipamento foi apresentado no polígono, onde foram efetuados voos com acompanhamento de alvos aéreos reais. Os testes de controle decorreram com sucesso.
A cerimônia solene foi efetuada no polígono Kapustin Yar na região de Astrakhan.
O sistema S-400 Triumph se destina a uma defesa altamente eficaz contra ataques de aviação, mísseis balísticos táticos, estratégicos, de cruzeiro, bem como de mísseis balísticos de médio alcance em condições de combate e guerra eletrônica.
Em entrevista ao serviço russo da Rádio Sputnik, o especialista do Centro de Conjuntura Estratégica, Oleg Ponomarenko, contou por que o sistema é único.
"O sistema cobre um território muito grande que é capaz de defender, possui características muito sérias de detecção, acompanhamento e pontaria aos alvos e pode lidar com mísseis de várias classes e diversos alcances. Queria chamar atenção ao fato de ele poder, não só interagir com outros sistemas, mas também ser a base para construir uma defesa escalonada. O guiamento dos novos mísseis com alcance de 400 quilômetros, que foi anunciado há pouco, acho que não é a última notícia neste aspecto. Talvez o alcance dos mísseis seja aumentado. O sistema será capaz de impedir não só a aviação tática inimiga, mas também os sistemas que garantem o seu trabalho. Dessa forma, é bloqueada a realização de operações de ataque aéreo. E isso é um fator que faz o inimigo desistir de atacar", resumiu Ponomarenko.