O presidente dos EUA, Donald Trump, declarou previamente que as tropas norte-americanas irão abandonar a Síria "em breve". No entanto, isso contradiz as afirmações do assessor de Segurança Nacional dos EUA, John Bolton, que não acredita que isso seja possível.
Sputnik
Ao falar com o canal ABC News no domingo (15), Bolton afirmou que Washington pretende manter seus militares na Síria até que o Irã e o Daesh (organização terrorista proibida em vários países, incluindo a Rússia) não apresentem ameaça à região.
Militares dos EUA na Síria © AFP 2018 / AHMAD AL-RUBAYE |
"Acho que o presidente deixou claro que permanecemos lá até que o califado territorial do Daesh seja removido e enquanto a ameaça das forças iranianas continuar presente no Oriente Médio", disse.
Ao mesmo tempo, o assessor destacou que a crise síria estará na agenda da cúpula entre Donald Trump e o presidente da Rússia, Vladimir Putin, realizada em Helsinque em 16 de julho.
No âmbito do seu discurso dado em março no estado de Ohio, Donald Trump confirmou que os EUA "irão abandonar" a Síria "muito em breve" para "que outras pessoas cuidem disso". A afirmação foi feita depois de Trump ter declarado que "nocauteou" o Daesh.
No entanto, as declarações do presidente contradizem completamente os prévios comentários da Casa Branca e Pentágono quanto à permanência das forças norte-americanas no país árabe.
Os Estados Unidos, liderando uma coalizão internacional, realizam uma operação contra o grupo terrorista Daesh na Síria e no Iraque desde 2014.
Os americanos operam na Síria sem a autorização do governo de Damasco.