A Polícia da Turquia deteve nesta sexta-feira 20 membros ativos das Forças Armadas com acusações de golpe, enquanto continua a operação, na qual o Ministério Público emitiu ordem de prisão para 38 pessoas.
EFE
Istambul - Todos são acusados de ocupar importantes funções no grupo do teólogo e escritor turco exilado Fethullah Gülen, considerado pelo governo como "terrorista" e atribuir a ele o fracassado golpe de Estado de 2016. Eles ocupavam cargos de comando na Força Aérea e no Exército, de acordo com a agência turca "Anadolu", que não especificou as patentes. Um dos envolvidos, um suboficial da Força Aérea, é acusado de espionagem militar, por supostamente entregar informação a outro membro superior da confraria, que está em prisão preventiva.
EFE/EPA/CEM TURKEL |
As acusações se baseiam nos depoimentos de outros militares, presos antes, que indicaram os agora detidos como seus superiores na hierarquia da confraria, infiltrada nas Forças Armadas.
Os seguidores de Gülen, até 2013 aliados do presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, e do seu partido, o Justiça e Desenvolvimento (AKP), mantiveram durante anos uma presença pública em vários setores civis, da imprensa ao ensino, passando pela Justiça, mas sempre esconderam a afiliação.
A operação, coordenada de Istambul, acontece simultaneamente em 18 províncias.
No último mês, 500 militares da ativa foram detidos com as mesmas acusações. Hoje, 30 oficiais presos há uma semana foram ao tribunal da cidade de Adana.