O deslocamento de uma unidade de aviação ucraniana para o mar de Azov é motivo de preocupação, disse à Sputnik o representante da Crimeia na Duma de Estado (parlamento da Rússia), Ruslan Balbek.
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Segundo o deputado, devido a essa medida de Kiev, Moscou é forçada a usar recursos "adicionais" para defender a península da Crimeia.
Tropas ucranianas em Mariupol © AP Photo / Sergei Grits |
"A criação pela Ucrânia de um grupo aeronaval perto da fronteira russa durante a Copa do Mundo é uma maneira de fazer o jogo do público ocidental, na esperança de aumentar as tensões com a Rússia", disse ele.
Ao mesmo tempo, ele ressaltou que nem a Copa do Mundo nem a "histeria" dos grupos de poder farão com que a Rússia "se renda e participe de duvidosas negociações de paz" com Kiev. Ele também disse que qualquer ataque contra alvos russos no mar Negro — seja um navio ou as margens da península da Crimeia — será considerado uma ofensiva militar em larga escala.
"E isso vai levar a medidas simétricas por parte de Moscou", acrescentou.
No entanto, o deputado expressou esperança de que os ucranianos mostrem maior interesse pela Copa do Mundo — embora a seleção do país eslavo não participe do campeonato — do que em "lançar farpas" contra a Crimeia.
No início de junho, as Forças Armadas da Ucrânia deslocaram uma unidade de defesa antiaérea S-300 para a zona sul da linha de contato em Donbas, perto da cidade costeira de Mariupol.
"Nossa inteligência tem informações de que uma divisão dos sistemas de mísseis S-300 foi transferida para a região urbana de Nikolskoe", disse à mídia o vice-chefe do comando operacional da autoproclamada República Popular de Donetsk, Eduard Basurin.
Além disso, em 4 de junho, a Marinha ucraniana informou que, até 1 de setembro, fecharia três áreas localizadas no mar de Azov, perto da costa de Mariupol.