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14 junho 2018

Palestina, uma promessa descumprida e um assunto pendente na ONU

A ONU mantém ainda hoje uma promessa descumprida com a Palestina, um compromisso que há 70 anos foi adotado na Assembleia Geral e continua sem se concretizar: a criação de seu Estado livre e soberano.


Por Ibis Frade Brito | 
Prensa Latina

Nações Unidas - Assim afirmou o representante permanente da Bolívia na ONU, Sacha Llorenti, previamente a uma votação que gerou ontem bastante polêmica no maior organismo das Nações Unidas devido à persistente atitude dos Estados Unidos de só aceitar como válida sua posição neste tema.


Com 120 votos a favor, 8 contra e 45 abstenções, a Assembleia Geral aprovou uma resolução que exige proteção para os civis palestinos diante do uso excessivo e indiscriminado da força por parte de Israel.

O documento é similar ao apresentado pelo Kuwait no Conselho de Segurança da ONU, mas que foi vetado pelos Estados Unidos em sua qualidade de membro permanente desse organismo.

De fato, esse Conselho tem falhado várias vezes ao tentar resolver a questão da Palestina pois, de certa forma, Israel conta com direito ao veto através de um dos membros permanentes desse organismo: Estados Unidos, como também destacou o embaixador boliviano.

A representação norte-americana tem vetado várias resoluções referentes à Palestina e a decisão unilateral da Casa Branca de estabelecer sua embaixada em Jerusalém aumentou as tensões na região, recordou Llorenti.

Na sessão de emergência de ontem da Assembleia Geral, Estados Unidos voltou a suas tentativas de obstaculizar as ações de condenação a Israel pelas violações e abusos cometidos contra os palestinos.

Pouco tempo antes da reunião para analisar o projeto de resolução sobre a proteção aos civis palestinos, a embaixadora Nikki Haley apresentou um projeto de emenda que também foi submetido à votação, embora alguns tenham pedido uma moção, e que finalmente não obteve os votos necessários.

Apesar disso, Haley apelou à decisão anunciada pelo presidente da Assembleia Geral da ONU, Miroslav Lajcak, e essa apelação foi submetida à outra votação plenária.

Esse pedido de apelação foi recusado por 73 Estados, a favor estiveram 66 e 26 abstiveram-se. O que reafirmou que a decisão contra a emenda promovida pelos Estados Unidos era definitivo.

Haley recorreu a um discurso já conhecido, e que repete cada vez que aborda a questão: a suposta intenção de alguns países-membros da ONU de utilizar o ocorrido em Gaza para atacar Israel.

Além disso, culpou o Hamas de todas as desgraças dos palestinos e expressou que a aprovação da resolução que advoga pela proteção desse povo árabe 'não mudará nada, não é mais que politicagem'.

O que esquecem de mencionar em seus discursos, tanto a embaixadora estadunidense como o representante permanente de Israel na ONU, Danny Danon, são as mortes devido à brutalidade das forças militares de Tel Aviv, os danos ocasionados a Gaza pelo bloqueio da potência ocupante e as violações que cometem contra os direitos humanos.

Após 51 anos de ocupação ilegal israelense, têm sido infrutíferas as tentativas de lhe por fim, e esta situação prossegue como a fonte principal da crise que enfrenta Palestina, ressaltou o representante desse território na ONU, Riad Mansur.

Também recordou toda a violência desencadeada pelos militares de Israel durante as últimas semanas contra manifestantes pacíficos na barreira fronteiriça em Gaza, que provocou a morte de 129 palestinos, entre eles, 16 crianças.

Precisamente, a resolução aprovada na sessão extraordinária da Assembleia Geral advoga por assegurar proteção aos civis palestinos e condena as ações violentas dos militares de Tel Aviv.

Ademais, pede que os responsáveis pelas violações e pelos assassinatos respondam perante a justiça, e exige a adoção de medidas imediatas para resolver a difícil situação na região e pôr fim ao bloqueio imposto por Israel a Gaza.

A maioria dos países-membros da ONU, como pôde ser visto ontem, concordam que a comunidade internacional deve redobrar os esforços para proteger a população palestina e apoiam a solução dos dois Estados como única forma de pôr fim ao conflito.

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