A Aliança Atlântica pretende aumentar a sua prontidão de combate no caso de um possível "ataque russo", comunicou neste sábado (2), a edição Die Welt, citando funcionários de alto escalão da organização.
Sputnik
Segundo a edição, a OTAN quer criar uma unidade operacional, composta por 30 mil militares dos países da aliança. Prevê-se que a unidade tenha em seu dispor várias centenas de caças e navios.
Militares alemães © AFP 2018 / John MacDougall |
A unidade de reserva será integrada à Força de Reação Rápida da Aliança Atlântica (Response Force), que no momento contabiliza aproximadamente 20 mil militares. O prazo exigido para pô-la em estado de prontidão de combate é de 30 dias.
A Alemanha é considerada o país-chave da nova unidade, contudo, o diplomata entrevistado pela edição precisou que a iniciativa da criação da unidade pertenceu a Washington.
"Precisamos de aprender a reposicionar um grande número de soldados e equipamento de forma mais rápida possível para poder resistir com confiança a uma invasão", explicou o diplomata.
Os ministros da Defesa da Aliança Atlântica debaterão a criação da unidade no decorrer de um encontro que terá lugar em Bruxelas nos dias 7 e 8 de junho. Em meados de julho os integrantes da aliança devem adotar uma declaração política.
A Rússia vem expressando repetidamente suas preocupações quanto ao crescimento da presença militar da OTAN perto de suas fronteiras. Em abril, durante a reunião do Conselho de Segurança da ONU, o presidente russo, Vladimir Putin, indicou que a OTAN está tentando "provocar novos conflitos e agravar os antigos no espaço pós-soviético".
O chanceler russo, Sergei Lavrov, indicou que nenhuma ação da OTAN "aumenta a segurança de ninguém".