Os Estados Unidos manterão o atual nível de tropas na Coreia do Sul para manter o compromisso de defesa de Washington com seu aliado asiático, segundo afirmou o secretário de Defesa dos EUA, James Mattis, nesta quinta-feira (28).
Sputnik
As tropas dos EUA estão presentes na Coreia do Sul desde os anos 1950. Atualmente, eles somam cerca de 28,5 mil soldados dos EUA. No começo do dia, Mattis chegou à capital sul-coreana de Seul para conversar com seu colega sul-coreano, Song Young-moo.
Militares norte-americanos e sul-coreanos na Coreia do Sul © AFP 2018 / YONHAP |
"O compromisso dos EUA com a República da Coreia [nome oficial da Coreia do Sul] permanece rígido e os EUA continuarão a usar uma ampla gama de capacidades diplomáticas e militares para manter esse compromisso. Isso inclui manter os atuais níveis de força dos EUA na península coreana", disse Mattis, de acordo com a agência de notícias sul-coreana Yonhap.
O secretário dos EUA também ressaltou que Washington e Seul continuariam seu trabalho para alcançar a completa desnuclearização da Península Coreana.
"Como sempre, em estreita consulta com a República da Coreia e outros parceiros, nossos diplomatas continuam seu trabalho para alcançar a completa, verificável e irreversível desnuclearização da Península Coreana", afirmou.
As tensões na península coreana sobre o programa nuclear de Pyongyang começaram a diminuir no início de 2018. Em 27 de abril, o presidente sul-coreano Moon Jae-in e o líder norte-coreano Kim Jong-un realizaram uma reunião histórica na aldeia de Panmunjom e assinaram uma declaração conjunta, concordando em tomar medidas para apoiar os esforços internacionais em direção à desnuclearização da Península Coreana.
Em 12 de junho, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump e Kim, se reuniram em Singapura, onde assinaram um acordo que exige a desnuclearização em troca do congelamento dos exercícios militares sul-coreanos e eventuais sanções.
Poucos dias depois da histórica cúpula EUA-Coreia do Norte, Washington suspendeu exercícios militares conjuntos com a Coreia do Sul, incluindo os exercícios Freedom Guardian, programados para agosto.
Os exercícios conjuntos entre os EUA e a Coreia do Sul vêm alimentando as tensões com Pyongyang, que os considera uma ameaça à sua segurança nacional e uma provocação estratégica e diplomática.