O embaixador dos Estados Unidos em Israel, David Friedman, criticou nesta segunda-feira a cobertura que a imprensa internacional está fazendo sobre os recentes protestos na Faixa de Gaza e aconselhou os jornalistas a ficarem com "a boca fechada" se não tiverem uma alternativa à atuação de Israel.
EFE
Jerusalém - "Quando nove de cada dez artigos sobre o conflito em Gaza criticam Israel, eu acho que alguns jornalistas deveriam se reunir com especialistas para tentar entender o que poderiam ter feito diferente ou melhor antes de criticar", disse Friedman em uma coletiva de imprensa em Jerusalém, conforme o jornal "Times of Israel".
Embaixador dos Estados Unidos em Israel, David Friedman | Reprodução |
Friedman se perguntou de forma retórica o que teria acontecido em outro país que não fosse Israel e qualificou de "completamente superficial" a cobertura da imprensa desde que os protestos começaram na fronteira em 30 de março e nos quais mais de 100 palestinos morreram atingidos por israelenses.
"Com todas as críticas recebidas, ninguém identificou meios menos letais com os quais Israel poderia ter se defendido durante as últimas quatro semanas. Ninguém", disse.
O Exército considera que o movimento Hamas utiliza estas mobilizações para tentar romper a cerca, se infiltrar no país e cometer ataques.
Durante o seu discurso, Friedman afirmou que, apesar de tudo, "a liberdade de imprensa é vital para uma democracia", inclusive se não apoia as suas opiniões, e afirmou que "a crítica é jogo limpo".
Nesta sexta-feira as críticas internacionais aumentaram contra Israel depois que a enfermeira palestina Razan al Najar, de 21 anos, morreu atingida por tiros israelenses, enquanto atendia manifestantes feridos. O caso está sendo investigando pelo Exército.