Durante o governo de Saddam Hussein, o Iraque era um dos maiores importadores de armamento brasileiro. Para combater o Irã, os iraquianos compravam sistemas de lançadores múltiplos Astros II, aviões de treinamento militar EMB-312 Tucano, bem como VBTP EE-11 Urutu.
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Contudo, a estrela dos armamentos obtidos pelo Iraque do país latino-americano era o EE-9 Cascavel, apontou a revista on-line Russkoe Oruzhie. Ao todo, o Iraque comprou 250 unidades destes veículos blindados. Somente o exército brasileiro (415) e o líbio (380) tinham em seu dispor um número maior dos mesmos.
EE-9 Cascavel iraquiano | Reprodução |
Diferente da maioria dos veículos blindados que se baseiam sobre lagartas, o Cascavel se move sobre 6 rodas. O veículo é capaz de alcançar uma velocidade de até 100 km/h e tem uma autonomia de mil quilômetros.
Suas funções principais são reconhecimento e apoio de fogo. Para estes objetivos, o veículo está dotado de um canhão de 90 mm e de duas metralhadoras de 7,62 e 12,7 mm respetivamente.
O blindado foi ativamente usado durante os anos da guerra entre o Iraque e o Irã e também participou da incursão em Kuwait em 2003. O Cascavel continua permanecendo em serviço operacional do Iraque, mas passou por certas modificações.
Assim, devido à falta de projetis, seu canhão foi substituído por um "tubo-lançador" para projetis reativos de 107 mm de produção chinesa. Por isso, foi necessário trocar a torre para que fosse possível operar o novo "canhão".
De acordo com a edição, estas modificações podem parecer rudimentares, contudo, durante o lançamento desses projetis o Cascavel se converte em um autêntico dragão ígneo.