O estaleiro estatal peruano SIMA (Servicios Industriales de la Marina) encomendou ao ECA Group, da França, 16 unidades de conversores elétricos estáticos para serem instalados a bordo dos submarinos classe Angamos da Marinha de Guerra do Peru – barcos Tipo 209/1200 fabricados em Kiel, no norte da Alemanha, pela HDW (atual ThyssenKrupp Marine Systems) entre o final dos anos de 1970 e a primeira metade da década de 1980.
Por Roberto Lopes | Poder Naval
Conversores estáticos são equipamentos que garantem energia na forma adequada a ambientes especiais (confinados) como o de submersíveis.
O Brasil está construindo atualmente quatro submarinos S-BR dentro do Programa Prosub |
A companhia francesa ECA tem conversores desse tipo instalados em vários submarinos da Marine Nationale e de forças navais do Sudeste Asiático.
A Marinha do Brasil (MB) optou por outro caminho.
Em vez de importar conversores, ela, ainda em 2011, com o apoio da empresa francesa DCNS (atual Naval Group) – que a assiste na fabricação dos novos submarinos classe Scorpene (S-BR) –, selecionou uma empresa privada paulista de capital 100% nacional – a ADELCO Sistemas de Energia, do município de Barueri – para qualifica-la no desenvolvimento de conversores para submarinos.
“Garantidora”
Especializada em sistemas de energia customizados, a ADELCO foi contratada para fornecer os conversores estáticos dos quatro navios S-BR que estão sendo construídos no complexo industrial naval de Itaguaí (RJ).
Segundo os termos do acordo obtido entre as partes, a DCNS opera como “garantidora técnica” do empreendimento.
A cooperação levou a ADELCO a se associar à Socomec, outra corporação francesa, com a finalidade de ampliar sua expertise no segmento dos conversores.
O primeiro contrato atendido no âmbito da cooperação ADELCO/Socomec/DCNS/Marinha resultou na produção de quatro conversores estáticos – dois de 5KVA e dois de 60KVA. Fornecimento que incluiu não apenas a fabricação e montagem dos componentes, mas também os testes no equipamento, concluídos em abril de 2016.
Essa requalificação da ADELCO a credencia como uma possível fornecedora para o submarino com propulsão nuclear brasileiro, que começará a ser fabricado no ano de 2023.
A mesma política de incentivo ao credenciamento técnico da indústria nacional a MB adotou na questão das baterias.
A empresa Exide do Brasil, que opera com tecnologia americana, se associou à companhia Rondopar, da cidade paranaense de Londrina, para produzir os 360 elementos de bateria dos classe Scorpène brasileiros.
Esses elementos serão distribuídos nas duas praças de baterias, à vante e à ré de cada navio.
A nacionalização da bateria será progressiva, e só acontecerá de forma significativa a partir do Humaitá (S41), segundo S-BR em construção no complexo de Itaguaí: 30%, 60% e 100% para os SBR-2, 3 e 4.
A produção da bateria para o Humaitá teve início há 21 meses.
Corte no casco
Segundo os termos do acordo obtido entre as partes, a DCNS opera como “garantidora técnica” do empreendimento.
A cooperação levou a ADELCO a se associar à Socomec, outra corporação francesa, com a finalidade de ampliar sua expertise no segmento dos conversores.
O primeiro contrato atendido no âmbito da cooperação ADELCO/Socomec/DCNS/Marinha resultou na produção de quatro conversores estáticos – dois de 5KVA e dois de 60KVA. Fornecimento que incluiu não apenas a fabricação e montagem dos componentes, mas também os testes no equipamento, concluídos em abril de 2016.
Essa requalificação da ADELCO a credencia como uma possível fornecedora para o submarino com propulsão nuclear brasileiro, que começará a ser fabricado no ano de 2023.
A mesma política de incentivo ao credenciamento técnico da indústria nacional a MB adotou na questão das baterias.
A empresa Exide do Brasil, que opera com tecnologia americana, se associou à companhia Rondopar, da cidade paranaense de Londrina, para produzir os 360 elementos de bateria dos classe Scorpène brasileiros.
Esses elementos serão distribuídos nas duas praças de baterias, à vante e à ré de cada navio.
A nacionalização da bateria será progressiva, e só acontecerá de forma significativa a partir do Humaitá (S41), segundo S-BR em construção no complexo de Itaguaí: 30%, 60% e 100% para os SBR-2, 3 e 4.
A produção da bateria para o Humaitá teve início há 21 meses.
Corte no casco
No Peru, os quatro submarinos da classe Angamos – Chipana (SS-34), Angamos (SS-31), Antofagasta (SS-32) e Pisagua (SS-33) – passarão por um upgrade contratado pela Marinha à SIMA que contará, conforme os termos contratuais, com a assistência direta do grupo alemão TKMS (ThyssenKrupp Marine Systems).
Os almirantes peruanos preveem que, revitalizados, esses navios poderão se manter em operação por, ao menos, mas 15 anos.
O trabalho de overhaul e modernização foi acertado em junho de 2016, época em que a SIMA contratou a TKMS, por 40 milhões de euros (cerca de 45,44 milhões de dólares), para ajudar na atualização dos diferentes sistemas.
Aos especialistas alemães caberá responsabilidade em serviços técnicos e de engenharia, como corte e soldagem de partes estruturais de submarinos. O valor também prevê que a TKMS disponibilize seus profissionais para fornecer apoio local (em território peruano) por um período de sete anos.
O primeiro barco a passar por essa remodelação é o BAP Chipana.
Retirado da ativa no ano passado e levado para as instalações da SIMA, no porto de Callao, ele, na última terça-feira (15.05), teve seu casco resistente cortado.
Realizado alguns metros à ré da vela, o corte separou o cone da popa da seção de proa.
Foi a primeira vez que o SIMA realizou um serviço do gênero, mas o corte foi necessário, para que os peruanos e alemães pudessem extrair do interior do barco alguns componentes de grande porte que serão substituídos – como o conjunto propulsor – ou modernizados em terra.
O corte no casco foi assistido pelo novo ministro da Defesa peruano, José Huerta Torres, e pelo comandante geral da Marinha, almirante Gonzalo Ríos Polastri.
O projeto de modernização prevê uma ampla modificação do compartimento de comando do submarino, a integração de novos sistemas de controle de tiro e um overhaul do sistema elétrico da embarcação, entre outras modificações.
Os almirantes peruanos preveem que, revitalizados, esses navios poderão se manter em operação por, ao menos, mas 15 anos.
O trabalho de overhaul e modernização foi acertado em junho de 2016, época em que a SIMA contratou a TKMS, por 40 milhões de euros (cerca de 45,44 milhões de dólares), para ajudar na atualização dos diferentes sistemas.
Aos especialistas alemães caberá responsabilidade em serviços técnicos e de engenharia, como corte e soldagem de partes estruturais de submarinos. O valor também prevê que a TKMS disponibilize seus profissionais para fornecer apoio local (em território peruano) por um período de sete anos.
O primeiro barco a passar por essa remodelação é o BAP Chipana.
Retirado da ativa no ano passado e levado para as instalações da SIMA, no porto de Callao, ele, na última terça-feira (15.05), teve seu casco resistente cortado.
Realizado alguns metros à ré da vela, o corte separou o cone da popa da seção de proa.
Foi a primeira vez que o SIMA realizou um serviço do gênero, mas o corte foi necessário, para que os peruanos e alemães pudessem extrair do interior do barco alguns componentes de grande porte que serão substituídos – como o conjunto propulsor – ou modernizados em terra.
O corte no casco foi assistido pelo novo ministro da Defesa peruano, José Huerta Torres, e pelo comandante geral da Marinha, almirante Gonzalo Ríos Polastri.
O projeto de modernização prevê uma ampla modificação do compartimento de comando do submarino, a integração de novos sistemas de controle de tiro e um overhaul do sistema elétrico da embarcação, entre outras modificações.