As forças armadas do Afeganistão usaram misseis e metralhadoras pesadas em helicópteros e mataram 36 pessoas no mês passado, sendo 6 homens e 30 meninos, e feriram 71 outros, enquanto participavam de uma cerimônia religiosa perto de Kunduz, cidade do norte do país.
Sputnik
A informação foi publicada pela agência Reuters e extraída de um relatório elaborado pela Organização das Nações Unidas (ONU) publicado nesta segunda-feira (7).
Militares dos EUA no Afeganistão © AFP 2018 / Ed JONES |
Em abril, moradores do vilarejo de Dasht-i Archi, no distrito de Kunduz, disseram que dezenas de pessoas, inclusive muitas crianças, foram mortas em um ataque contra uma cerimônia religiosa, levando a ONU a iniciar uma investigação.
O relatório da ONU alertou para os riscos de uma nova estratégia, feita por conselheiros dos Estados Unidos de reforço do poderio aéreo afegão, agora equipado com helicópteros que disparam foguetes e aeronaves de ataque, para tentar romper um impasse com o Taliban.
"Uma descoberta crucial deste relatório é que o governo usou mísseis e metralhadoras pesadas em uma reunião religiosa, o que resultou em números altos de fatalidades infantis", disse a Missão de Assistência das Nações Unidas no Afeganistão (Unama, na sigla em inglês).
A missão disse que há dúvidas "quanto ao respeito do governo às regras de precaução e proporcionalidade segundo a lei humanitária internacional".