Os palestinos convocaram um "Dia da Ira" para o próximo dia 14 para protestarem contra a mudança da embaixada dos Estados Unidos em Israel de Tel Aviv para Jerusalém, anunciou nesta terça-feira Ahmad Majdalani, membro do Comitê Executivo da Organização para a Libertação da Palestina (OLP).
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Jerusalém - "A abertura da embaixada em Jerusalém é um desafio para a comunidade internacional e para as resoluções das Nações Unidas, e uma provocação aos sentimentos dos palestinos", manifestou Majdalani na rádio "Voz da Palestina".
EFE/ Abir Sultan |
O fato de a principal representação diplomática americana se transferir em 14 de maio, quando é comemorado o 70º aniversário da criação do Estado israelense e na véspera da "Nakba" ("Catástrofe" em árabe), que lembra a saída forçada de centenas de milhares de palestinos em 1948, "é um insulto adicional", acrescentou o dirigente da OLP.
A transferência da embaixada, afirmou Majdalani, aprofunda a "injustiça histórica cometida contra o povo palestino", e será respondida pelos líderes palestinos "revivendo a municipalidade de Jerusalém" e levando o caso ao Tribunal Penal Internacional (TPI).
O presidente dos EUA, Donald Trump, rompeu em dezembro com o consenso internacional ao reconhecer Jerusalém como capital de Israel, cuja parte oriental foi ocupada por Israel durante a Guerra dos Seis Dias de 1967 e anexada em 1980, em uma decisão não reconhecida pela comunidade internacional.
Depois que Trump anunciou a transferência da embaixada americana para Jerusalém, no setor oeste da Cidade Sagrada, a Guatemala juntou-se a sua decisão e ontem o Paraguai também fez o mesmo, e os dois países latino-americanos transferirão suas respectivas representações agora em maio.
A República Tcheca também anunciou a abertura de um consulado honorário agora em maio em Jerusalém como uma primeira etapa para a realocação de sua embaixada, enquanto Honduras espera ratificar uma moção parlamentar para mudar sua representação e a Romênia também mostrou sua disposição de fazer o mesmo, mas a União Europeia se opõe a que seus países-membros tomem tal atitude.